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Dólar Fecha Estável a R$ 5,50 em Dia de Ata do Copom e Expectativa de Tarifas contra o Brasil

O mercado de câmbio brasileiro operou com cautela nesta quinta-feira (5), com o dólar fechando praticamente estável em R$ 5,50. A ausência de grandes oscilações ocorreu em um dia marcado pela divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que ofereceu novas nuances sobre as decisões futuras de política monetária, e por uma expectativa crescente em relação a possíveis novas tarifas comerciais impostas por outros países ao Brasil. A ata do Copom, em particular, foi analisada com atenção pelos agentes econômicos em busca de sinais sobre a trajetória futura da taxa Selic, um dos principais fatores que influenciam o fluxo de capitais e a atratividade do mercado brasileiro para investidores estrangeiros. Qualquer indicação sobre a continuidade ou pausa no ciclo de cortes de juros, ou mesmo sobre a retórica acerca da inflação e da atividade econômica, tem o potencial de mover significativamente o câmbio. O cenário internacional, com menções a figuras políticas como Donald Trump e sua agenda para a economia, também adiciona uma layer de imprevisibilidade ao comportamento das moedas globais e, por extensão, ao real. A possibilidade de novas barreiras tarifárias, que podem impactar as exportações brasileiras e a balança comercial, adiciona um componente de risco que os agentes econômicos precisam precificar. Esse tipo de medida pode afetar a competitividade de produtos nacionais no exterior e a dinâmica de importação, impactando diretamente a oferta e a demanda por dólar no país. Paralelamente, o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, apresentou um leve viés de alta, operando perto da estabilidade em alguns momentos do dia, reflexo de um sentimento misto no mercado. A prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, ocorrida no dia anterior, também pode ter influenciado o humor dos investidores, embora seu impacto direto no câmbio e na bolsa tenha sido contido em um dia de tantas outras variáveis relevantes. O volume de negócios na B3 refletiu a cautela geral, com investidores ponderando os múltiplos fatores em jogo antes de assumir posições mais agressivas. A leitura dos indicadores econômicos recentes e as projeções para os próximos meses continuam sendo cruciais para a formação de expectativas e, consequentemente, para o comportamento do dólar e das ações.