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Dieta e Câncer Colorretal: Entenda a Ligação e Fatores de Risco

O câncer colorretal, que afeta o cólon e o reto, é um dos tipos de câncer mais comuns no mundo, e a dieta desempenha um papel crucial em seu desenvolvimento. Estudos científicos têm consistentemente associado o consumo elevado de carnes vermelhas e processadas, alimentos ricos em gorduras saturadas e pobres em fibras, a um aumento significativo no risco da doença. Esses hábitos alimentares podem levar à formação de substâncias carcinogênicas no intestino e alterar o ambiente da microbiota intestinal, favorecendo processos inflamatórios e o crescimento de células anormais.A Organização Mundial da Saúde (OMS) já classificou as carnes processadas como carcinogênicas e as carnes vermelhas como provavelmente carcinogênicas para humanos. Essa relação é, em parte, explicada pela presença de compostos como aminas heterocíclicas (AHCs) e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAPs), formados durante o cozimento em altas temperaturas, como fritura e churrasco. Além disso, a deficiência de fibras na dieta, comum em padrões alimentares ocidentais, compromete o bom funcionamento intestinal, a velocidade do trânsito e a diversidade da microbiota, mecanismos essenciais na prevenção do câncer colorretal.O lado positivo é que a adoção de uma dieta rica em frutas, vegetais, grãos integrais e leguminosas pode ser um poderoso aliado na prevenção. Esses alimentos são fontes abundantes de fibras, vitaminas, minerais e antioxidantes, que ajudam a proteger as células do dano oxidativo, a reduzir a inflamação e a promover um ambiente intestinal saudável. As fibras, em particular, fermentam no intestino grosso, produzindo ácidos graxos de cadeia curta, como o butirato, que tem propriedades anticâncer e nutre as células do revestimento intestinal. Além da alimentação, outros fatores de risco para o câncer colorretal incluem histórico familiar da doença, idade avançada (acima de 50 anos), doenças inflamatórias intestinais crônicas como a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa, tabagismo, consumo excessivo de álcool e sedentarismo. A combinação de um estilo de vida saudável, com uma dieta equilibrada e a prática regular de atividade física, juntamente com o acompanhamento médico e a realização de exames de rastreamento, como a colonoscopia, são fundamentais para a detecção precoce e o aumento das chances de cura.