Derrota na CPMI do INSS desgasta governo e levanta debate sobre blindagem ao irmão de Lula
A recente derrota sofrida pela base governista na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do INSS tem gerado intensos debates e estratégias internas para conter os danos. Uma das principais preocupações da ala mais próxima ao governo é a potencial convocação de Jairolino da Silva, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para prestar depoimento. Essa possibilidade, que ganha força com a crescente pressão oposicionista, representa um terreno delicado para o Planalto, que busca a todo custo blindar a imagem do presidente de eventuais escândalos ou constrangimentos. A tentativa de emplacar um deputado do PSB na vice-presidência da CPMI, em substituição a membros da oposição, é vista como um movimento tático para tentar controlar o andamento dos trabalhos, influenciar as decisões sobre convocações e, consequentemente, proteger figuras ligadas ao governo, incluindo o irmão do presidente. Omar Aziz, senador e figura central no cenário político nacional, demonstrou visível desgaste após as recentes movimentações na CPI, indicando as dificuldades enfrentadas pelo governo em manter o controle da narrativa e de suas próprias bases políticas. Essa situação evidenciada por analistas e pela imprensa, pode ter repercussões significativas na capacidade do governo de articular pautas importantes no Congresso Nacional e na opinião pública. Especialistas em política já alertam que o desgaste político de Lula com a condução da CPMI do INSS pode ser incalculável. A percepção de que o governo está mais preocupado em proteger aliados e familiares do que em investigar a fundo as irregularidades pode minar a confiança da população nas instituições e na própria administração federal, abrindo flanco para críticas e ataques da oposição em momentos cruciais da gestão.