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Deputado Binho Galinha é alvo de operação da PF por suspeita de chefiar milícia

A Polícia Federal deflagrou nesta manhã uma grande operação em diversas cidades da Bahia, com foco principal na capital Salvador e em cidades do interior, incluindo Serrinha, Feira de Santana e Santo Estêvão. O alvo central da ação é o deputado estadual Ubaldino Cunha Neto, conhecido popularmente como Binho Galinha. Segundo as investigações, o parlamentar seria o líder de uma perigosa milícia que atua na região, praticando crimes como extorsão, ameaças e lavagem de dinheiro. A operação visa desarticular essa organização criminosa, cumprindo mandados de prisão e de busca e apreensão. Diversos bens e valores ligados ao deputado e seus associados também estão sob investigação e podem ser apreendidos. A notícia chocou o cenário político baiano e levanta novamente o debate sobre a influência do crime organizado na política do estado. O deputado Binho Galinha, procurado pelas autoridades, ainda não foi localizado, e seu paradeiro é desconhecido por enquanto, aumentando a apreensão sobre as reais dimensões da rede criminosa que supostamente lidera. Esta operação é resultado de uma investigação que já se estende por meses, com a coleta minuciosa de provas e depoimentos que sustentam as acusações contra o deputado e seus comparsas. A presença de um parlamentar no suposto comando de uma milícia levanta sérias questões sobre o controle e a fiscalização do poder legislativo e sua relação com atividades ilícitas. A PF informou que a investigação continua em andamento, com o objetivo de identificar todos os membros da organização e as atividades criminosas que praticavam. A colaboração da população local tem sido fundamental para o sucesso das operações de inteligência. Entender a natureza de uma milícia é crucial para compreender a gravidade dessas acusações. Milícias são grupos paramilitares ou criminosos que exercem controle territorial através da violência e intimidação, muitas vezes se passando por órgãos de segurança pública ou oferecendo serviços privados, como segurança, gás ou transporte, cobrando por eles e punindo quem não se submete. A diferença fundamental para facções criminosas tradicionais é, em muitos casos, a infiltração ou o apoio de agentes públicos ou ex-agentes, o que lhes confere um poder e um alcance ainda maiores. A investigação sobre Binho Galinha explora essa linha tênue entre a política e o crime organizado, um fenômeno que tem se tornado cada vez mais preocupante em diversas partes do Brasil e que demanda respostas firmes do poder judiciário e das forças de segurança. A expectativa agora é pela localização do deputado e pela continuidade das ações para que a justiça seja feita e a sociedade baiana possa ter mais segurança.