A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga supostas irregularidades no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) promete gerar novas revelações, segundo declarações de um deputado. A expectativa é de que, ao seguir o ritmo atual de apurações, mais fatos venham à tona nos próximos dias, potencialmente impactando a imagem de figuras públicas e a gestão do órgão. Essa movimentação tem levado o governo a articular ações de contraponto e defesa. O Planalto parece se preocupar com a possibilidade de que a CPMI se torne um palco para questionamentos que possam desgastar a imagem da administração federal, especialmente em relação a políticas sociais e à gestão de benefícios. Os aliados do presidente Lula já teriam sinalizado descontentamento com determinados posicionamentos e estratégias que não estariam alinhados com a defesa do governo. A CPMI do INSS tem sido vista por alguns parlamentares como uma oportunidade de projeção em seus redutos eleitorais. Em um cenário onde muitos políticos buscam visibilidade, a investigação em torno de um tema de grande impacto social como a previdência atrai atenção e pode servir como plataforma para a ascensão ou fortalecimento de carreiras. Isso eleva a pressão para que a comissão entregue resultados concretos e investigações aprofundadas. Nesse contexto, a Defensoria Pública da União tem contribuído com sugestões à CPMI visando aprimorar os mecanismos de controle e prevenção de fraudes. Essas propostas podem ser cruciais para garantir a lisura nas investigações e assegurar que os procedimentos adotados pela comissão sejam transparentes e eficazes na identificação de eventuais ilícitos, sem prejudicar os segurados que agiram de boa-fé.