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Deputada bolsonarista leva bebê para ocupação do plenário da Câmara

A deputada federal Julia Zanatta (PL-RS) gerou repercussão ao levar sua filha de apenas 4 meses para o plenário da Câmara dos Deputados, demonstrando uma postura desafiadora durante a ocupação do espaço por manifestantes. A ação foi filmada e divulgada em suas redes sociais, onde a parlamentar aparece com a criança no colo, sentada na cadeira da presidência da Mesa Diretora, um ato que muitos consideram inadequado para o ambiente legislativo e para a segurança de um bebê tão novo. Este incidente ocorre em um contexto de intensa polarização política que tem marcado o Congresso Nacional, especialmente após os recentes eventos de invasão e depredação de prédios públicos em Brasília. A presença da criança no local, em meio à agitação e à instabilidade relativas à ocupação, levanta questões sobre a responsabilidade e o uso político de bebês em manifestações. A decisão de Zanatta de ingressar com a filha pequena no plenário, pouco antes da desocupação oficial do local, foi vista por críticos como uma tentativa de chamar atenção para si e para a causa dos manifestantes, utilizando uma tática que explora a vulnerabilidade de um lactente. Deputados de oposição, como o deputado do PT que acionou o Conselho Tutelar, expressaram preocupação com o bem-estar da criança e a adequação do gesto, argumentando que o ambiente da Câmara, especialmente em momentos de protesto, não é apropriado para a presença de bebês. A situação reacende o debate sobre os limites da atuação parlamentar e a instrumentalização de figuras familiares em disputas políticas. Enquanto apoiadores da deputada podem interpretar sua ação como um ato de coragem e de demonstração de que os parlamentares bolsonaristas não se intimidam, os opositores a veem como um gesto irresponsável e uma estratégia de autopromoção. A mídia também tem dado destaque ao episódio, com diferentes veículos noticiando o ocorrido sob ângulos variados, questionando a pertinência da presença do bebê e as motivações por trás da ação da parlamentar. Este episódio se insere em um cenário mais amplo de tensão política no Brasil, onde manifestações e contramanifestações ocorrem frequentemente, e as redes sociais se tornaram um palco crucial para a disseminação de narrativas e a mobilização de apoiadores. A deputada Julia Zanatta, conhecida por sua atuação ativa e muitas vezes controversa nas redes sociais, parece ter utilizado este momento para reforçar sua imagem como defensora de pautas conservadoras e opositora ferrenha ao governo atual, mesmo que isso envolva medidas que gerem controvérsia e debates éticos sobre a exposição de crianças. A repercussão do caso pode influenciar discussões sobre conduta parlamentar e a proteção de menores em contextos de manifestações políticas.