Depoente preso na CPMI do INSS é liberado sem fiança após falso testemunho
Um empresário que havia sido preso em flagrante por falso testemunho durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) do INSS foi liberado nesta quarta-feira (24) sem a necessidade de pagar fiança. A decisão foi tomada pela própria CPMI após o depoimento do indivíduo, que teria omitido informações cruciais e apresentado declarações contraditórias sobre um esquema de fraudes em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social. A prisão ocorreu após o presidente da comissão, utilizando seu poder legal, dar voz de prisão ao intermediário conhecido como “Careca do INSS”, que estava sendo ouvido. O depoente, apelidado de “homem da mala” devido a alegações de envolvimento na movimentação de dinheiro, prestou depoimento à Polícia Federal, onde negou irregularidades. O conteúdo de seu depoimento à PF será encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). A situação gerou grande repercussão, especialmente pela liberação sem fiança, levantando questionamentos sobre o rigor e o andamento das investigações. A CPMI apura um esquema complexo que envolve fraudes em aposentadorias e pensões, utilizando documentos falsos e a cooptação de servidores e intermediários. O foco tem sido desarticular a rede criminosa e identificar todos os envolvidos, desde os beneficiários indevidos até os articuladores do esquema. A liberação do depoente sem pagamento de fiança pode significar que as autoridades consideraram o tempo de detenção suficiente como medida punitiva inicial, ou que há alguma estratégia processual em andamento que justifica a ausência de um valor financeiro para sua soltura. De qualquer forma, o caso destaca a complexidade das investigações sobre crimes financeiros e a importância da atuação das Comissões Parlamentares de Inquérito na fiscalização e no avanço das apurações, mesmo diante de reviravoltas processuais. Em paralelo, o depoimento do “Careca do INSS” à Polícia Federal, enquanto negava irregularidades, adiciona camadas à investigação, com o STF agora aguardando o material para análise. A dinâmica entre os depoimentos na CPMI, na PF e as decisões judiciais demonstra a intrincada teia de informações e procedimentos que envolvem este tipo de investigação.