As recentes denúncias veiculadas por Marcos Túlio Ribeiro Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), têm gerado repercussão no cenário político brasileiro. Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro têm utilizado as declarações de Tagliaferro como base para questionar a imparcialidade e legalidade de decisões proferidas pelo STF, especialmente em processos que envolvem o ex-presidente e seus apoiadores. A estratégia visa criar um ambiente de desconfiança em relação ao judiciário e minar a autoridade das instituições, um discurso recorrente na retórica bolsonarista. O gabinete do ministro Gilmar Mendes, no entanto, emitiu um comunicado defendendo a legalidade dos relatórios solicitados a Tagliaferro, indicando que tais pedidos foram feitos dentro dos trâmites legais e com o objetivo de esclarecer fatos relevantes para a instrução de processos. Segundo o comunicado, não há irregularidades nos procedimentos adotados, e a solicitação de informações a assessores é uma prática comum no âmbito judicial para subsidiar decisões. Por outro lado, Tagliaferro, em entrevistas e declarações públicas, expressou seu desejo por uma acareação com o ministro Alexandre de Moraes, afirmando que seria uma oportunidade para esclarecer todos os pontos levantados e demonstrar sua versão dos fatos. Ele sugere que sua atuação foi pautada pela ética e pelo cumprimento de seu dever funcional, refutando quaisquer acusações de má conduta ou de ter agido de forma parcial. As reportagens de diversos veículos de comunicação, como UOL Notícias, Gazeta do Povo, CNN Brasil e BBC, têm explorado a figura de Tagliaferro e sua relação com o STF, além de analisar o impacto que suas denúncias podem ter no andamento dos processos e na percepção pública do judiciário. A situação se configura como um embate de narrativas, onde cada lado busca legitimar sua posição e desacreditar a do oponente, em um momento de grande polarização política no Brasil.