Dengue em Marília: 27ª morte confirmada e preocupação com epidemia
A cidade de Marília voltou a registrar um caso fatal de dengue, elevando para 27 o número de pessoas que perderam a vida para a doença apenas neste ano. A vítima mais recente, um homem que faleceu no dia 30 de maio, adiciona um tom de apreensão à já crítica situação epidemiológica da região. Este número preocupante representa o pior cenário de mortes por dengue na cidade em pelo menos 25 anos, evidenciando a gravidade da atual epidemia. O aumento expressivo de casos e óbitos demanda ações de saúde pública cada vez mais intensas e a colaboração contínua da população para combater o mosquito Aedes aegypti.
Paralelamente ao aumento de mortes, as notificações de dengue na cidade apresentaram uma queda significativa de mais de 70%. Essa redução nas notificações, embora possa parecer positiva à primeira vista, levanta questões importantes sobre a eficácia do sistema de monitoramento e notificação da doença. A diminuição no número de pessoas que procuram as unidades de saúde e relatam sintomas pode indicar uma subnotificação, o que dificulta uma visão completa da real dimensão da epidemia. É fundamental que a população entenda a importância de relatar qualquer sintoma suspeito, mesmo que pareça leve, para garantir um diagnóstico e tratamento adequados, além de contribuir para o controle da disseminação.
O cenário atual em Marília é classificado como Alerta Verde, indicando a necessidade de manutenção e intensificação das medidas de prevenção e combate ao mosquito transmissor. Apesar dos esforços das autoridades de saúde, a persistência de focos do Aedes aegypti em diversos pontos da cidade, somada a fatores ambientais favoráveis à proliferação do inseto, como as condições climáticas, contribuem para a manutenção da epidemia. A conscientização da população sobre a eliminação de criadouros, como recipientes que acumulam água parada, continua sendo uma das estratégias mais eficazes, exigindo o engajamento de todos.
A situação em Marília reforça a urgência de abordagens multifacetadas para o controle da dengue. Além das ações de combate ao mosquito em larga escala, como o manejo ambiental e o controle vetorial, é crucial investir em educação em saúde para a população, aprimorar os sistemas de vigilância epidemiológica e garantir o acesso rápido e eficaz ao diagnóstico e tratamento dos pacientes. A colaboração entre os diferentes níveis de governo, as equipes de saúde e a comunidade é essencial para reverter este quadro preocupante e proteger a saúde pública.