A defesa do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, manifestou elogios ao voto do ministro Luiz Fux no Supremo Tribunal Federal (STF) em relação ao caso em que Cid é acusado de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. O voto de Fux se alinha a uma maioria que aponta para a condenação de Cid. A defesa, contudo, enfatiza que a análise da situação se restringe à interpretação de um único poder, sugerindo a necessidade de uma visão mais ampla ou de outros ângulos para a completa elucidação dos fatos. Este ponto de vista da defesa levanta questões sobre a independência dos poderes e a forma como os processos são conduzidos quando envolvem acusações de tamanha gravidade contra figuras ligadas à alta esfera do poder. O caso em questão, que envolve a delação premiada de Cid, é considerado crucial para as investigações sobre possíveis tentativas de golpe de Estado no Brasil. A formação de maioria para condenar Cid reforça a tese de que houve uma atuação coordenada para desestabilizar as instituições democráticas. A delação de Mauro Cid tem sido fundamental para trazer detalhes e nomes de participantes em eventos que são sob escrutínio da justiça, como a simulação de um golpe militar e a tentativa de impedir a posse do atual presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. Os desdobramentos deste caso, especialmente a decisão final do STF, terão um impacto significativo na consolidação da democracia brasileira e na responsabilização de envolvidos em ações contra o Estado de Direito. A atuação do STF neste processo é vista como um marco na defesa da democracia em um período de intensa polarização política e desafios institucionais.