Uma onda de protestos sem precedentes varreu o Nepal, impulsionada pela Geração Z, revelando uma crise social e política profunda. A insatisfação popular eclodiu devido à ostentação de políticos em meio à pobreza generalizada e ao bloqueio de redes de comunicação, medidas que buscavam reprimir a disseminação de informações e a organização dos manifestantes. A revolta atingiu seu ápice com a derrubada do premiê, evidenciando a força da mobilização juvenil contra a corrupção e o nepotismo, prática conhecida como a dos ‘nepotistas’ ou ‘nepos babies’, que privilegia parentes e amigos em detrimento do mérito. A situação escalou para um caos generalizado, resultando em dezenas de mortos e a decretação de toque de recolher em diversas regiões, sinalizando a gravidade da crise e a dificuldade das autoridades em controlar a insatisfação popular. Relatos indicam que cidadãos brasileiros ficaram presos devido à instabilidade, com avisos sombrios sobre os riscos de se locomover pelo país em tais circunstâncias, reforçando a gravidade da conjuntura. A crise nepalense é um reflexo de como a desigualdade social e a percepção de injustiça podem catalisar movimentos de massa, especialmente quando canalizados por uma geração conectada e ciente de seus direitos, que se recusa a aceitar privilégios e corrupção. A Geração Z, utilizando plataformas digitais e redes sociais, conseguiu contornar os bloqueios e difundir sua mensagem de mudança, mostrando a resiliência e o poder da mobilização social moderna em face de regimes autoritários ou coniventes com a má conduta. A queda do governo marca um momento crucial na história do Nepal, abrindo espaço para possíveis reformas estruturais e uma reavaliação das políticas que perpetuam a desigualdade. A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos, esperando que a transição política leve a um país mais justo e estável, onde o bem-estar da população seja prioridade sobre os interesses de uma elite privilegiada. O futuro político e social do Nepal dependerá da capacidade das novas lideranças em atender às demandas da população e reconstruir a confiança em meio às cicatrizes deixadas pela recente crise. A situação no Nepal levanta questões importantes sobre o papel da juventude na política, a eficácia das democracias em lidar com a desigualdade abissal e o impacto da tecnologia na mobilização social. A persistência dos desafios, como a pobreza e a instabilidade política, demandará um esforço conjunto para garantir um futuro mais promissor para todos os nepaleses, superando os obstáculos impostos pela corrupção e pelo nepotismo que tanto têm prejudicado o desenvolvimento do país e a qualidade de vida de seus cidadãos.