Crise na Eagle Football: John Textor perde poder e impacta o Botafogo com antecipação de receitas e disputa na justiça
Uma reunião crucial realizada em abril na sede da Eagle Football, empresa controlada por John Textor, provocou significativas alterações na estrutura de poder, minando a autonomia do empresário na tomada de decisões. Fontes ligadas ao jornal O Globo indicam que essas mudanças, aliadas a supostas violações de acordos, impedem Textor de agir sem a aprovação de um diretor específico, um cenário que respinga diretamente na gestão do Botafogo, clube do qual a Eagle Football é detentora da maioria das ações. A alteração na dinâmica interna da holding pode ser o estopim para a ação movida pela própria Eagle contra o clube carioca, cumeros detalhes ainda não foram totalmente divulgados, mas que indicam um conflito de interesses ou discordâncias operacionais. A situação se agrava com a notícia, veiculada pelo UOL e FogãoNET, de que o Botafogo antecipou mais de R$ 500 milhões em receitas futuras, provenientes de vendas de jogadores, patrocínios e direitos de transmissão televisiva. Parte desse montante foi repassado ao Lyon, outro clube sob o guarda-chuva da Eagle Football, o que sugere uma estratégia de alocação de recursos dentro do conglomerado em meio à turbulência. A SAF do Botafogo demonstra otimismo quanto às suas finanças, projetando uma receita de até R$ 1,5 bilhão para o ano de 2025, mas a antecipação de valores e a crise na Eagle levantam questionamentos sobre a sustentabilidade e transparência dessas projeções. O ex-presidente do Botafogo, em citação da ESPN Brasil, revelou bastidores de uma crise enfrentada por Textor com a Eagle, expondo desentendimentos internos que podem ter culminado na atual conjuntura. Essa crise de gestão na matriz pode explicar a turbulência observada no clube carioca, afetando diretamente o planejamento esportivo e financeiro. A necessidade de antecipar receitas em tão larga escala, envolvendo clubes distintos da mesma entidade, aponta para uma potencial estratégia de cobertura de despesas ou realocação de capital em um momento delicado para Textor e seus empreendimentos. As repercussões dessas mudanças na Eagle Football e a subsequente ação judicial contra o Botafogo indicam um momento de grande instabilidade para o futebol gerido pelo empresário. A comunidade do futebol e os torcedores acompanham de perto os desdobramentos, buscando entender como essa crise interna na Eagle impactará o futuro do Botafogo, especialmente diante da projeção ambiciosa de receitas para os próximos anos e a necessidade de cumprir compromissos financeiros, tanto no âmbito nacional quanto internacional.