O corpo da talentosa cantora Angela Ro Ro está sendo velado nesta terça-feira (17) no Cemitério e Crematório do Caju, localizado na Zona Portuária do Rio de Janeiro, cidade que marcou sua trajetória artística. Angela Ro Ro, cujo nome verdadeiro era Ângela Maria D’Ávila, nos deixou aos 78 anos, vítima de complicações decorrentes de um quadro de saúde delicado, conforme divulgado por amigos e familiares. A notícia de seu falecimento gerou grande comoção no meio musical e entre seus admiradores, que a lembram por sua voz potente e suas composições marcantes. A cerimônia de despedida reuniu familiares e amigos próximos, que prestaram as últimas homenagens à artista, compartilhando lembranças e o legado que ela deixa para a música brasileira. O último show da carreira de Angela Ro Ro, que ainda não havia sido lançado oficialmente, será exibido pela TV Brasil, como uma forma de honrar e divulgar o trabalho final da cantora. Esta iniciativa visa permitir que o público possa apreciar uma última vez a performance de uma das vozes mais expressivas da MPB. Ao longo de sua carreira, Angela Ro Ro também se destacou por sua personalidade forte e por ter sido uma das primeiras artistas abertamente lésbicas no cenário musical brasileiro. Sua coragem e autenticidade abriram caminhos e inspiraram muitas outras pessoas. Relatos de pessoas próximas indicam que ela vivia um relacionamento amoroso há cerca de dez anos, mas mantinha a identidade de sua parceira em segredo, expressando um desejo por privacidade em relação à sua vida pessoal, um contraste com a exposição de sua vida artística. Angela Ro Ro, que iniciou sua carreira na década de 1970, conquistou o público com sucessos como “Gargalhada” e “Meu Mundo Caiu”. Sua música, repleta de poesia e sentimento, abordava temas como amor, desilusão e liberdade. A artista também teve um relacionamento público com a cantora Zizi Possi nos anos 80, um período que também foi marcado por sua ousadia em viver seus relacionamentos de forma aberta em uma época em que isso ainda era um tabu para muitos. Seu legado musical e sua força como ícone LGBTQIA+ continuam a inspirar gerações.