Ronaldo Fenômeno, ex-jogador e ídolo global, demonstrou otimismo em relação ao potencial econômico do Sport Club Corinthians Paulista, classificando o clube paulista como uma potência capaz de gerar receitas expressivas. Sua fala, que ressalta a capacidade do Timão em se consolidar como uma “máquina de fazer dinheiro”, reacende o debate sobre a reestruturação financeira e administrativa da agremiação. A diretoria tem buscado alternativas para sanar o endividamento histórico e impulsionar o desenvolvimento esportivo e institucional, e a SAF surge como uma das principais vias para alcançar esses objetivos. No entanto, a ideia de transformar o futebol do Corinthians em uma Sociedade Anônima levanta discussões acaloradas entre os conselheiros do clube. Os idealizadores da SAFiel, grupo que defende essa proposta, já apresentaram um projeto detalhado aos dirigentes, apontando os benefícios que essa modalidade poderia trazer para a gestão financeira e patrimonial. A motivação principal por trás dessa resistência reside na preocupação com a perda do controle associativo, com a possibilidade de sócios e torcedores terem sua influência diluída nas decisões estratégicas do clube. A transformação em SAF implica em alienar parte ou a totalidade do controle do departamento de futebol a investidores privados. Embora essa medida possa trazer capital fresco para investimentos em infraestrutura, contratação de atletas e formação de elenco, gerando um impacto positivo imediato nos resultados esportivos, os opositores temem que os interesses comerciais se sobreponham aos valores intrínsecos e históricos do Corinthians. A discussão envolve um delicado equilíbrio entre a necessidade de modernização e a preservação da identidade e da paixão da Fiel torcida, que sempre foi o principal ativo do clube. Recentemente, a discussão sobre a reforma estatutária do Corinthians ganhou força, e alguns membros do Conselho Deliberativo argumentam que a atual proposta de mudanças pode inviabilizar a implementação da SAF. Essa complexidade regulatória e as divergências internas sinalizam que o caminho para a possível adoção da SAF no Parque São Jorge é árduo e repleto de obstáculos. A análise do projeto da SAFiel e das reformas estatutárias em curso é fundamental para entender como o clube pretende lidar com seus desafios financeiros e garantir seu futuro em um cenário cada vez mais competitivo e globalizado no futebol.