A diretoria do Corinthians foi pega de surpresa com a decisão de Kauê Furquim em não renovar seu contrato e buscar novos ares no futebol brasileiro. O Bahia, mostrando agilidade no mercado, quitou a multa rescisória avaliada em 14 milhões de reais, selando a transferência do meia-atacante. A saída do jogador, que vinha se destacando nas categorias de base e era visto como uma futura peça importante no time principal, deixa um vácuo técnico e financeiro para o clube paulista, que contava com o jovem para um ciclo de profissionalização.

Fontes internas indicam que, mesmo com propostas de renovação em pauta e um plano de ascensão para o profissional, Kauê Furquim optou por aceitar a oferta do Bahia. A diretoria alvinegra manifestou sua insatisfação com a forma como a negociação se desenrolou, inclusive com a possibilidade de ter havido uma intermediação inadequada por parte de empresários. O diretor da base alvinegra, em declarações recentes, mencionou que havia um acordo em andamento com um empresário antes mesmo da saída de Fabinho deixar o clube, levantando suspeitas sobre a transparência do processo.

Diante do cenário, o Corinthians estuda a possibilidade de acionar a Fifa, buscando apurar se houve alguma irregularidade ou prática de ‘ponte’ na negociação que culminou na saída de Kauê Furquim. A ideia é verificar se houve alguma manobra para burlar as regras de intermediação de atletas, especialmente em transferências de jovens talentos. Caso comprovada alguma infração, o clube paulista espera obter uma compensação ou sanção para os envolvidos, além de um possível ressarcimento financeiro pela perda prematura de um atleta com alto potencial de desenvolvimento.

A perda de Kauê Furquim representa mais um capítulo na recorrente dificuldade do Corinthians em reter seus jovens talentos em meio a propostas financeiras atrativas de outros clubes. A base corintiana, historicamente celeiro de craques, tem enfrentado um êxodo de promessas para o exterior e, agora, também para rivais nacionais, levantando debates sobre a gestão administrativa e a competitividade das ofertas apresentadas aos atletas em formação, impactando diretamente o planejamento a longo prazo.