Coreia do Norte exibe novo míssil intercontinental em desfile militar
A Coreia do Norte realizou um imponente desfile militar em Pyongyang, onde o regime demonstrou o que parece ser um novo míssil balístico intercontinental (ICBM) de grande porte. Este evento ocorre em um momento de tensões geopolíticas na região e de estreitamento de laços entre Pyongyang e Pequim, evidenciado pela recente visita do primeiro-ministro chinês, Li Qiang, à Coreia do Norte. A exibição de novas capacidades militares por parte do regime de Kim Jong-un levanta preocupações sobre o desenvolvimento de seu arsenal nuclear e de mísseis, especialmente em relação à sua capacidade de atingir alvos distantes.
Este desfile não é apenas uma demonstração de força, mas também uma ferramenta crucial de propaganda interna e externa para o regime norte-coreano. Ao apresentar tecnologias militares avançadas, Kim Jong-un busca reforçar a imagem de força e resiliência do país perante sua própria população e os adversários internacionais. A presença de delegações estrangeiras, incluindo a chinesa, durante as celebrações do 80º aniversário do partido no poder, sugere um esforço para consolidar alianças e projetar uma frente unida em face das sanções e pressões internacionais.
A exibição de um novo ICBM, em particular, sinaliza um avanço contínuo nos programas de mísseis da Coreia do Norte. Tais mísseis, se equipados com ogivas nucleares, representam uma ameaça significativa à segurança global, dada a capacidade desses projéteis de alcançar longas distâncias, potencialmente cobrindo continentes inteiros. A comunidade internacional, liderada pelos Estados Unidos e seus aliados na Ásia, monitora de perto o desenvolvimento do arsenal nuclear norte-coreano, exigindo a desnuclearização completa e verificável da península coreana.
A relação entre a China e a Coreia do Norte tem se aprofundado, com Pequim descrevendo a parceria como estratégica. Apesar das sanções impostas pela ONU, a China tem sido um dos principais parceiros comerciais e, por vezes, um protetor diplomático do regime de Kim Jong-un. Essa proximidade, combinada com a demonstração de força militar nuclear, cria um cenário complexo para as negociações de paz e desnuclearização na península, onde a influência chinesa é um fator determinante para a estabilidade regional e global.