A polêmica em torno dos preços dos alimentos previstos para a COP30, evento climático global que ocorrerá em Belém do Pará, ganhou destaque nacional, gerando debates acalorados. Inicialmente, a apresentadora Márcia Dantas defendeu os valores que foram considerados exorbitantes pela mídia e pelo público, argumentando que os custos logísticos para levar produtos a uma região amazônica, especialmente para um evento de grande porte como a COP, justificariam tais preços. Ela destacou a complexidade de suprir as necessidades de milhares de participantes em um contexto geográfico desafiador, o que naturalmente impactaria os custos operacionais e, consequentemente, os preços finais ao consumidor. Dantas confrontou as críticas, sugerindo que a percepção dos valores poderia ser influenciada por uma falta de compreensão sobre os desafios logísticos específicos da região amazônica e da magnitude de um evento internacional. A sua defesa visava contextualizar os preços, apontando para a infraestrutura necessária, o transporte, a cadeia de suprimentos e as exigências de um evento que atrai delegados de todo o mundo. A argumentação buscava desmistificar a ideia de que os preços eram simplesmente especulativos, atribuindo-os às realidades operacionais. No entanto, a repercussão negativa dessas defesas e a atenção midiática gerada pelos preços considerados excessivos para itens básicos, como um lanche simples, desencadearam um movimento de revisão por parte dos organizadores. A pressão pública e a preocupação com a imagem internacional do Brasil durante a COP30 parecem ter sido fatores determinantes para a ação. A Cúpula de Líderes, que acompanha a COP, também se viu em meio a essa discussão, elevando o nível da polêmica. Diante da insatisfação generalizada e do potencial vexame internacional, os preços dos alimentos na COP30 foram subsequentemente reduzidos. Essa diminuição busca mitigar a crise de imagem e garantir que o evento não seja marcado por controvérsias financeiras que obscureçam seu propósito principal: discutir soluções para as mudanças climáticas. A ação de reduzir os preços sinaliza uma resposta às preocupações levantadas, visando proporcionar uma experiência logística e alimentar mais acessível e adequada para todos os participantes e, possivelmente, para a população local.