A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) confirmou a abertura de um processo disciplinar contra o jogador Ayrton Lucas, do Clube de Regatas do Flamengo. A decisão surge após a expulsão do lateral-esquerdo durante a partida contra o Palestino, do Chile, válida pela terceira rodada da fase de grupos da Copa Libertadores da América. A expulsão gerou grande polêmica e debate entre os torcedores e a comissão técnica do time carioca. Ayrton Lucas recebeu o cartão vermelho após consulta ao VAR, por uma entrada considerada desnecessária e perigosa pelo árbitro, o uruguaio Gustavo Tejera. A eliminação em campo, especialmente em um momento crucial da partida, impactou o desempenho do Flamengo, que apesar de jogar a maior parte do segundo tempo com um homem a menos, conseguiu buscar um empate heroico por 2 a 2 no final. A decisão de Tejera foi amplamente criticada, com muitos argumentando que a ação do jogador não justificava a expulsão direta e que o VAR interveio de forma exagerada, influenciando o resultado em campo. A diretoria do Flamengo, insatisfeita com a atuação da arbitragem e a consequente punição a seu atleta, já manifestou a intenção de analisar todos os ângulos e procedimentos para possivelmente apresentar um recurso. A ideia é contestar a decisão do árbitro e buscar a reversão da expulsão, argumentando que houve um erro claro na interpretação do lance, o que poderia invalidar a penalidade aplicada ao jogador e, consequentemente, influenciar a integridade do resultado obtido na partida. A abertura do processo disciplinar pela Conmebol agora adiciona uma nova camada à situação, pois além de avaliar a atuação do jogador, a entidade máxima do futebol sul-americano também poderá analisar a conduta da arbitragem e a gestão da partida, abrindo a possibilidade de medidas a serem tomadas contra o próprio árbitro, caso se constate alguma falha procedimental ou grave equívoco na aplicação das regras. Essa análise paralela poderá, em tese, fortalecer o argumento do Flamengo em seu pleito pela anulação da expulsão de Ayrton Lucas ou, pelo menos, trazer uma transparência maior sobre os critérios utilizados pelas equipes de arbitragem em competições internacionais.