A moda sustentável é uma nova tendência que se preocupa em produzir roupas reduzindo os impactos ambientais. Este conceito moderno surgiu da necessidade de repensar a conduta da nossa sociedade moderna como um todo, visando o ponto de vista ecológico.
Ao longo da história, inicialmente a moda servia apenas para aquecer. Depois, nos tempos antigos serviam para diferenciar ricos e pobres (obviamente que isso ainda ocorre hoje). E atualmente ela vista embelezar, de um modo quase que sem limites!
Esse sistema gera uma fabricação acelerada de novas e novas coleções com os mais diversos modelos e estilos.
Mas infelizmente este consumo acelerado de roupas tem gerado uma degradação nunca vista antes no nosso planeta – sem contar o desperdício de água e insumos gerados pela indústria têxtil ao redor da Terra.
Existe alternativa?
Felizmente, pessoas bem intencionadas estão desenvolvendo diversos tecidos BioTechs utilizando matérias primas naturais ou fibras 100% sintéticas.
Separamos aqui alguns exemplos, conheça:
Denim sustentável a base de urtiga

Sem sombra de dúvidas uma das peças que mais utilizam água para sua fabricação são as roupas jeans. Isso acontece porque os processos de produção necessitam de muita água. Sem falar nos corantes artificiais altamente poluentes que contaminam o ambiente.
A Pangaia é uma nova marca estrangeira com várias técnicas de tecidos biotechs.
A ideia que eles tiveram é muito interessante: produzir um jeans de urtiga, que é criado através da mistura entre urtiga selvagem do Himalaia e algodão orgânico. Essa planta é um recurso naturalmente regenerativo e muito mais sustentável.
Seda feita com pétalas de rosas

Sabemos muito bem que seda natural não é um tecido vegano. Mas já é possível criamos um material muito parecido feito a base de rosas. São utilizados os caules, as pétalas e até os resíduos naturais das roseiras.
Assim são formadas fibras naturais de celulose que é totalmente biodegradável. Se tornando assim uma ótima alternativa à base de plantas à seda, oferecendo suavidade e brilho muito parecidos.
A precursora nessa produção é também uma marca estrangeira: Collina Strada
Tecido sintético que cuida da saúde

Agora temos a primeira empresa nacional da nossa lista: a True Emana
Eles trabalham com um tecido zero carbono e que traz muitos benefícios para a saúde.
Os tecidos e fibras hoje em dia estão sempre evoluindo e melhorando. Em especial no mercado de Roupas de Ginástica, encontramos diversos tecidos especiais.
O Tecido Emana é uma nova tecnologia para o segmento do vestuário esportivo. Desenvolvido pela Rhodia, ele une ciência e bem-estar para tornar as roupas de ginástica mais inteligentes e funcionais. O fio absorve o calor infravermelho do corpo e oferece propriedades de termorregulação, melhorando a circulação sanguínea subcutânea.
Couro de maçãs e uvas

A empresa italiana Vegea usa as sementes, cascas e talos de uvas que são jogados fora no processo de transformar uva em vinho.
Para a fabricação, é usado um óleo biológico que foi extraído de sementes.
Além do couro de maçãs e uvas, outras empresas trabalham com couros fakes de abacaxi e diversas outras frutas e vegetais.
O fim do fast fashion?
Enquanto o sistema atual de produção acelerado de moda atual prioriza a fabricação acelerada e barata o custo para a natureza acaba não compensando.
Com isso, um novo conceito vem surgindo: slow fashion. Uma alternativa socioambiental mais sustentável e ecológica no mundo da moda.
“Slow fashion” é um termo que foi difundido pela primeira vez em 2004 na cidade de Londres, Inglaterra. Em uma tradução literal, o termo significa “moda lenta”.  O termo ficou conhecido depois de ser muito utilizado em blogues de moda e artigos do mundo inteiro.
Inspirado no conceito de “slow food”, que se originou na Itália nos anos 1990, o slow fashion adaptou alguns pontos para o âmbito da moda.
Com a atuação da indústria globalizada que domina o mercado e padroniza a moda, a escolha por produtos diferentes é inviabilizada. O slow fashion é uma alternativa que promove maior liberdade na escolha dos produtos.
Infelizmente esse tipo de moda ainda é novidade e pode ser um pouco oneroso. Mas com mais e mais pessoas se interessando, sabemos que podemos ter um mundo mais sustentável para as próximas gerações!