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Alzheimer: Entenda as 4 fases da doença e como lidar com cada uma

A Doença de Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo progressivo que afeta principalmente o cérebro, levando a um declínio contínuo nas funções cognitivas, incluindo memória, raciocínio e linguagem. Embora não haja cura conhecida, a compreensão das suas fases e o suporte adequado podem melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares. A doença progride em diferentes estágios, cada um com seus próprios desafios e abordagens de manejo. É fundamental que a sociedade e os profissionais de saúde estejam preparados para oferecer o melhor cuidado possível em cada etapa. A conscientização sobre a doença, como a promovida em iniciativas como o Setembro Lilás e o Dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer, é essencial para desmistificar o transtorno e encorajar a busca por diagnóstico e tratamento precoces, além de oferecer suporte àqueles que vivem com a condição. Apoios de instituições como a Confederação Brasileira de Futebol e envolvimento de órgãos como o Senado mostram a importância transversal desta pauta para a sociedade. A primeira fase, frequentemente chamada de pré-clínica ou de comprometimento cognitivo leve (CCL), pode não apresentar sintomas perceptíveis ou apenas lapsos de memória muito sutis. Nesta etapa, as alterações cerebrais já estão em curso, mas a pessoa ainda consegue realizar suas atividades diárias sem grande dificuldade. É um momento crucial para o diagnóstico precoce, que pode ser feito através de exames neurológicos e cognitivos, permitindo o início de estratégias que podem retardar a progressão da doença e oferecer melhor qualidade de vida. A intervenção nesta fase inicial é vital para manter a autonomia do paciente pelo maior tempo possível. A segunda fase, ou Alzheimer leve, é quando os sintomas se tornam mais evidentes e começam a interferir nas atividades cotidianas. Perdas de memória mais significativas, dificuldade em encontrar palavras, problemas de planejamento e desorientação em tempo e espaço são comuns. O paciente pode começar a ter dificuldade em gerenciar finanças, se perder em locais familiares e repetir perguntas. O acompanhamento médico contínuo, juntamente com terapias de estimulação cognitiva e mudanças ambientais para garantir a segurança do paciente, são fundamentais para gerenciar esta fase de forma eficaz. O suporte familiar e a educação sobre a doença são cruciais para a boa condução do tratamento. Na terceira fase, o Alzheimer moderado, o declínio cognitivo se agrava consideravelmente, exigindo maior assistência de terceiros. As perdas de memória se aprofundam, levando o paciente a não reconhecer familiares próximos e amigos, além de ter dificuldade crescente em realizar tarefas básicas como se vestir e se alimentar. Podem surgir alterações de comportamento, como agitação, ansiedade e agressividade, além de problemas para dormir. Nesta fase, a segurança do paciente é uma prioridade, com a necessidade de supervisão constante e um ambiente adaptado para evitar acidentes. Cuidados paliativos e o suporte psicológico para o paciente e seus cuidadores tornam-se ainda mais importantes. A quarta e última fase, o Alzheimer grave, representa o estágio mais avançado da doença. Os pacientes perdem a capacidade de comunicação verbal e podem ter dificuldade em engolir. Eles se tornam completamente dependentes de cuidados, precisando de ajuda para todas as atividades de vida diária, incluindo higiene pessoal e mobilidade. O risco de infecções, como pneumonia, aumenta consideravelmente. O foco nesta fase está em proporcionar conforto, dignidade e o máximo de bem-estar possível ao paciente, com um cuidado humanizado e individualizado, garantindo que suas necessidades básicas sejam atendidas com respeito e carinho, além de um suporte robusto para os cuidadores, que enfrentam desafios emocionais e físicos intensos. A pesquisa contínua em biofármacos e terapias celulares é uma luz de esperança para o futuro, buscando novas abordagens para combater essa doença complexa.