Um espetáculo astronômico celestial está previsto para acontecer na noite de Halloween deste ano, com a passagem do cometa Lemmon, também conhecido como C/2022 E3 (ZTF). Este cometa de cor verde, que tem uma aparência peculiar devido aos gases que emanam de seu núcleo, se aproximará da Terra mais do que esteve em cerca de mil anos. A visibilidade será uma oportunidade única para entusiastas e curiosos de observarem um corpo celeste raro a olho nu, embora binóculos ou telescópios menores possam aprimorar a experiência, revelando sua cauda distintiva. Para os observadores no Brasil, o melhor momento para avistar o cometa será após o pôr do sol, com condições de céu limpo e longe das luzes da cidade, maximizando as chances de um avistamento claro e memorável deste visitante cósmico. A trajetória do cometa Lemmon, que se estende por bilhões de quilômetros e leva milênios para completar uma órbita ao redor do Sol, o torna um objeto de grande interesse científico e astronômico. Sua composição, com gelo e poeira acumulados desde a formação do sistema solar, permite a observação de sua nuvem de gás e poeira, a coma, que reflete a luz solar e, em conjunto com a cauda, cria o espetáculo visual. A atividade solar recente, com o vento solar interagindo com a cauda do cometa, tem gerado formações picotadas, adicionando um elemento extra de fascínio à sua aparência. A proximidade da Terra com o cometa é uma coincidência astronômica significativa, proporcionando um rarefeito evento onde a humanidade pode testemunhar um objeto de tão longe e com um período orbital tão extenso. A ciência por trás dos cometas, como o Lemmon, oferece insights valiosos sobre a formação do nosso sistema solar e as condições que podem ter levado ao surgimento da vida. Esses viajantes interestelares são como cápsulas do tempo preservadas, contendo matéria primordial que pode nos ajudar a desvendar os segredos dos primórdios do universo. A observação pública de tais fenômenos também desempenha um papel crucial na inspiração de futuras gerações de cientistas e exploradores espaciais, lembrando-nos da vastidão e da beleza do cosmos que compartilhamos.