O cometa interestelar C/2019 Y4, também conhecido como ATLAS, tem capturado a atenção de cientistas e entusiastas da astronomia devido a suas características surpreendentes. Recentemente, novas imagens revelaram que o corpo celeste está assumindo uma coloração esverdeada cada vez mais proeminente, indicando uma composição química particular e um aumento em sua atividade. Essa tonalidade vibrante é resultado da presença de moléculas de cianogênio e di-atômico carbono na coma (a atmosfera difusa ao redor do núcleo) do cometa, que emitem luz de comprimento de onda específico quando excitadas pela radiação ultravioleta do Sol. A intensidade do brilho também tem aumentado significativamente, um fenômeno que pode estar relacionado a um aumento na sublimação de gelos e poeira em sua superfície à medida que se aproxima do Sol em sua trajetória.’, As observações mais recentes, obtidas através de telescópios como o da NASA, mostram o cometa com uma aparência mais nítida e brilhante do que o esperado. Essa evolução pode ter implicações para a previsão de sua trajetória e comportamento. Além do brilho e da cor, o 3I/ATLAS tem surpreendido a comunidade científica com a emissão de raios-X, um fenômeno incomum para cometas. Essa descoberta, registrada por alguns observatórios, sugere que o cometa pode possuir um campo magnético intrínseco ou interagir de maneira complexa com o vento solar, acelerando partículas de alta energia. A compreensão da origem e natureza desses raios-X é um campo ativo de pesquisa, podendo oferecer insights sobre os processos físicos que ocorrem em objetos intergalácticos. A aproximação da Terra pelo 3I/ATLAS representa uma oportunidade única para estudarmos um visitante de fora do nosso sistema solar em detalhes sem precedentes. Cometas interestelares como este nos oferecem vislumbres da matéria e das condições existentes em outros sistemas estelares, fornecendo pistas valiosas sobre a formação e evolução de planetas em outros lugares da galáxia. A ciência continuará a monitorar o 3I/ATLAS em sua jornada, esperando desvendar mais segredos sobre sua origem, composição e o futuro de sua trajetória, enquanto o público poderá apreciar esse espetáculo celeste com nova intensidade. Especialistas alertam para a importância de continuar a observação e o estudo deste cometa, pois sua trajetória e a liberação de gases e poeira podem influenciar seu brilho nas próximas semanas e meses, tornando-o um alvo privilegiado para a astronomia observacional. A expectativa é de que o cometa alcance seu periélio, o ponto mais próximo do Sol, em meados de 2020, momento em que sua atividade e visibilidade podem atingir o pico, gerando um dos eventos astronômicos mais notáveis dos últimos anos, embora sua trajetória não represente perigo para a Terra.