O almirante Kurt Tidd, comandante do United States Southern Command (SOUTHCOM), organização responsável por supervisionar as operações militares americanas na América Latina e no Caribe, anunciou que deixará o cargo. A saída de Tidd ocorre em um contexto de acirramento das relações entre os Estados Unidos e a Venezuela, com o governo Trump intensificando a pressão sobre o regime de Nicolás Maduro. A decisão também coincide com ações militares americanas na região, como o sobrevoo de caças sobre áreas próximas à costa venezuelana, demonstrando um aumento na visibilidade e na assertividade das operações dos EUA. Esta movimentação estratégica pode ser interpretada como um sinal para o governo de Caracas, assim como para outros atores regionais. A presença militar americana na região tem sido uma constante, mas o foco em operações contra cartéis e a postura em relação à Venezuela têm ganhado destaque recentemente, indicando uma possível reorientação das prioridades de defesa dos EUA no hemisfério. A transição de comando no SOUTHCOM é um evento significativo que pode trazer novas dinâmicas para a política externa americana em relação à América Latina. O novo comandante terá a tarefa de navegar em um cenário geopolítico complexo, marcado por crises políticas, econômicas e sociais em diversos países, além de desafios de segurança como o narcotráfico e a instabilidade regional. A saída de Tidd, embora apresentada como uma conclusão natural de seu mandato, levanta questionamentos sobre os próximos passos da política de segurança dos EUA para a América Latina e o Caribe.