Ciro Nogueira afirma que não assinará pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes
O líder do Progressistas no Senado, Ciro Nogueira, causou alvoroço ao afirmar categoricamente que não assinará o pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes. As declarações foram feitas em meio a articulações que visam a destituição do ministro da Suprema Corte, um movimento impulsionado por setores conservadores e críticos à atuação do Judiciário em diversas frentes, especialmente em investigações relacionadas à desinformação e ameaças às instituições democráticas. A posição de Nogueira representa um revés significativo para os articuladores da iniciativa, que contavam com o apoio de figuras influentes dentro do Congresso Nacional para dar prosseguimento à ação. O número de senadores que supostamente assinariam o pedido já ultrapassaria quarenta, segundo informações veiculadas por alguns veículos de imprensa especializados em política, demonstrando a mobilização de parte do parlamento contra o ministro. A falta de adesão de um líder político como Ciro Nogueira pode fragilizar a força do movimento e gerar novas discussões sobre as estratégias de oposição ao STF. A divergência de Ciro Nogueira sobre o impeachment de Moraes também se insere em um contexto mais amplo de tensões entre os Poderes, exacerbadas por decisões recentes do Supremo em casos de grande repercussão nacional. O ministro Alexandre de Moraes tem sido alvo frequente de críticas por suas decisões na condução de inquéritos que apuram a disseminação de fake news, ataques a instituições e tentativas de golpe, o que gerou uma forte reação de diversos grupos políticos e ativistas. A postura de Nogueira, que por vezes demonstrou alinhamento com pautas consideradas conservadoras, pode ser interpretada como uma tentativa de equilibrar sua posição política em um cenário complexo, evitando um confronto direto com o judiciário ou buscando preservar sua influência em relação a outras pautas de interesse de seu partido. Paralelamente, a notícia também revela um conflito interno no campo conservador, com o pastor Silas Malafaia expressando fúria contra Ciro Nogueira, acusando-o de traição e de falta de coerência ideológica. Essa divisão pública entre aliados potenciais demonstra a dificuldade de unificar a oposição e a polarização que permeia o debate político brasileiro. As motivações de Malafaia para criticar Nogueira parecem residir em discordâncias sobre a estratégia a ser adotada em relação ao ministro Moraes e, possivelmente, em outras questões políticas que afetam a base de apoio de ambos. Enquanto isso, em Porto Alegre, um protesto simbólico de vereadores com fitas na boca contra a prisão domiciliar de Bolsonaro evidencia a profundidade das divisões sociais e políticas em torno do ex-presidente e de seus apoiadores, indicando que o clima de polarização se estende por todo o país e afeta diferentes esferas do poder público, desde o legislativo federal até o municipal. A recusa de Nogueira em apoiar o impeachment de Moraes pode ter implicações nas futuras articulações políticas e na definição de alianças para as próximas eleições.