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China Inicia Manobras Militares com Fogo Real ao Redor de Taiwan

As Forças Armadas chinesas iniciaram nesta quarta-feira manobras militares sem precedentes com fogo real ao redor de Taiwan, incluindo o lançamento de mísseis balísticos, em uma demonstração de força que elevou as tensões na região. Os exercícios, que o Ministério da Defesa chinês descreveu como um alerta para “forças externas” e “elementos separatistas”, ocorrem em resposta à recente visita da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taipei. Pequim considera Taiwan uma província rebelde e prometeu reunificá-la com o continente, se necessário, pela força. Estes exercícios marcam um aumento significativo na pressão militar chinesa sobre a ilha, com a zona de exclusão marítima e aérea implementada cobrindo áreas a poucos quilômetros da costa taiwanesa. A China mobilizou dezenas de navios de guerra e aeronaves para as manobras, que simulariam um bloqueio e um assalto anfíbio à ilha. Vários mísseis foram disparados em direção ao Estreito de Taiwan, com alguns sobrevoando o território taiwanês, algo considerado um ato de grande provocação. As autoridades taiwanesas condenaram os exercícios, classificando-os como um desafio à ordem internacional e uma ameaça inaceitável à paz e estabilidade regionais. O Japão também expressou preocupação, com mísseis chineses pousando em sua zona econômica exclusiva. Essa demonstração de força por parte da China reflete a complexa geopolítica da região, onde disputas territoriais e influências globais se entrelaçam. A visita de Pelosi a Taiwan foi vista por muitos como um apoio simbólico à democracia taiwanesa e um desafio direto às reivindicações de soberania de Pequim. A China, por sua vez, alega que tais visitas violam o princípio de “Uma Única China”, que reconhece Pequim como o governo legítimo da China, mas que a maioria dos países mantém relações não oficiais com Taiwan. As manobras militares chinesas, em particular o uso de fogo real e o lançamento de mísseis em áreas de intensa navegação e voo, aumentam o risco de incidentes e escaladas não intencionais. A comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos, tem apelado à moderação e ao diálogo para evitar conflitos. No entanto, a situação permanece volátil, com potencial para desdobramentos imprevisíveis nas próximas semanas e meses, impactando não apenas a segurança regional, mas também a economia global e as cadeias de suprimentos.