A Controladoria-Geral da União (CGU) divulgou nesta quarta-feira (19) que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) demonstrou inércia em suas ações, mesmo ciente dos riscos envolvidos em descontos irregulares realizados em benefícios. A informação surge em um momento delicado para o órgão, que enfrenta escrutínio em relação à segurança de dados e à proteção dos segurados contra fraudes e cobranças indevidas. A CGU, responsável por fiscalizar a administração pública federal, destacou que o INSS foi alertado sobre a necessidade de aprimorar seus mecanismos de controle e prevenção, mas as medidas efetivas teriam demorado a se concretizar, permitindo que a situação de vulnerabilidade persistisse. Essa falha levanta sérias questões sobre a capacidade do INSS em salvaguardar os interesses dos beneficiários e garantir a integridade de seus sistemas. A divulgação desses achados por parte da CGU ocorre em paralelo a outras investigações e debates sobre a atuação do INSS, incluindo depoimentos em Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) e pedidos de habeas corpus relacionados a ex-coordenadores do instituto. O cenário aponta para um período de intensa pressão e necessidade de respostas por parte do governo federal para assegurar a confiança pública no sistema previdenciário e social do país. A gestão atual se vê diante do desafio de implementar correções robustas e transparentes para evitar a repetição desses episódios, que impactam diretamente a vida de milhões de brasileiros que dependem dos serviços e benefícios oferecidos pelo INSS. A comunidade jurídica e a sociedade civil aguardam com expectativa as medidas concretas que serão tomadas para sanar essas irregularidades e fortalecer os mecanismos de proteção ao cidadão dentro do âmbito do INSS.