Célula de Elite do PCC Criava Rotina de Monitoramento Contra Autoridades em SP; Entenda Como Funcionava
A reportagem detalha o funcionamento da célula tática do Primeiro Comando da Capital (PCC) responsável por monitorar autoridades em São Paulo. Este grupo de elite, autodenominado ‘Operações Especiais’, utilizava métodos avançados e planejados para coletar informações sobre as vítimas, com o objetivo de intimidar e, em alguns casos, executar ameaças. A operação desmantelada pela polícia revelou um nível de organização e sofisticação preocupante dentro da facção criminosa. A investigação apontou que o PCC alugou uma residência a aproximadamente 900 metros da casa de um promotor, demonstrando a precisão e o alcance das suas ações de inteligência. Essa proximidade permitia um monitoramento constante e detalhado da rotina do alvo, incluindo seus horários de saída e entrada, e possíveis trajetos. A célula também empregava o uso de drones para sobrevoar as residências de autoridades, como no caso de um promotor que recebeu ameaças de morte. Esses drones, além de serem uma demonstração de força e capacidade tecnológica, serviam para observar e registrar atividades, fornecendo dados cruciais para o planejamento de futuras ações. A informação coletada era utilizada para criar um perfil detalhado da vítima, tornando o planejamento de ataques mais eficaz e direcionado, aumentando o medo e a apreensão entre os alvos. Essa estratégia de monitoramento intensivo e a utilização de tecnologia avançada, como drones, evidenciam a evolução do PCC em suas táticas de atuação. A capacidade de se infiltrar no cotidiano e obter informações privilegiadas sobre a vida de promotores, delegados e outros agentes da lei representa um desafio significativo para as forças de segurança pública. A intenção é clara: criar um ambiente de insegurança e fragilizar o combate à criminalidade organizada, minando a atuação daqueles que buscam aplicar a lei.