As celebrações de Corpus Christi movimentaram diversas cidades brasileiras neste feriado religioso. Em Belo Horizonte, fiéis se reuniram para as tradicionais manifestações de fé, marcadas pela devoção à Eucaristia. A data, que tem origem na Igreja Católica e celebra a presença real de Cristo no pão e no vinho consagrados, é um momento de profunda reflexão e adoração para milhões de brasileiros.

Na região de Itapetininga, no interior de São Paulo, a criatividade dos fiéis transformou ruas em verdadeiras obras de arte. O bagaço de cana-de-açúcar e sal tingido foram utilizados para criar os tradicionais tapetes coloridos, que narram passagens bíblicas e expressam a fé da comunidade. Essa prática, comum em diversas localidades, demonstra a devoção e o empenho dos participantes em celebrar o Corpo de Cristo de forma visível e participativa.

Em Franca, também no interior paulista, as ruas foram enfeitadas com tapetes de serragem, uma outra variação que destaca a arte popular e a fé. As imagens e os desenhos elaborados com a serragem colorida atraem não apenas os religiosos, mas também turistas e curiosos, que se encantam com a beleza e o significado das representações. Essas manifestações artísticas são uma forma de expressar a gratidão e a reverência à Eucaristia, tornando a celebração um evento culturalmente rico.

A origem da data remonta ao século XIII, quando a freira agostiniana Santa Juliana de Cornillon teve visões que a levaram a defender uma festa dedicada ao Santíssimo Sacramento. Mais tarde, a celebração foi oficializada pela Igreja e se tornou uma das mais importantes do calendário litúrgico católico. A teologia por trás de Corpus Christi se concentra na crença na transubstanciação, onde o pão e o vinho se tornam o corpo e o sangue de Jesus Cristo, um dogma central para a fé católica.