Uma onda de choque percorre o Brasil após a notícia de que um adolescente de apenas 14 anos teria executado a tiros seus pais e seu irmão de apenas 3 anos no Rio de Janeiro. Laudos apontam que todos foram atingidos na cabeça, em um crime que evoca a violência extrema e levanta questionamentos urgentes sobre a saúde mental e o desenvolvimento de jovens em contato com o mundo digital. A investigação policial busca determinar as circunstâncias que levaram a este desfecho trágico, com indícios apontando para um possível envolvimento do adolescente em atividades online que podem ter influenciado seu comportamento e sua percepção da realidade.rnUm dos pontos mais alarmantes nas investigações é a descoberta de que o adolescente mantinha um namoro virtual há cerca de seis anos. Essa informação joga luz sobre os perigos da exposição precoce e prolongada à internet, especialmente em uma fase tão crucial do desenvolvimento humano quanto a adolescência. A facilidade de acesso a conteúdos diversos e a formação de identidades online, muitas vezes descoladas da realidade, podem criar um ambiente propício para o desenvolvimento de visões distorcidas do mundo e de relacionamentos. rnA avó do adolescente, em depoimentos à imprensa, revelou que o jovem teria dito que “faria tudo de novo”, uma declaração estarrecedora que sugere um profundo distanciamento da realidade e uma possível falta de empatia. Este tipo de atitude é frequentemente associado a transtornos de personalidade ou a um impacto psicológico severo gerado por experiências negativas no ambiente virtual, como cyberbullying, manipulação ou radicalização. A psiquiatria e a psicologia infantojuvenil alertam há tempos sobre os efeitos de longas horas em frente às telas, muitas vezes sem supervisão adequada.rnEste caso emblemático serve como um alerta contundente para pais, educadores e toda a sociedade sobre a necessidade de um acompanhamento mais atento e profundo da vida digital dos adolescentes. É fundamental promover o diálogo aberto sobre os perigos da internet, investir em educação midiática e estar atento a mudanças comportamentuais que possam indicar sofrimento psíquico ou a influência de conteúdos nocivos. A segurança online dos jovens e sua saúde mental devem ser prioridades inegociáveis para garantir um futuro mais seguro e promissor.