CBF suspende instalação de gramado sintético em clubes do futebol brasileiro até 2026 e Flamengo comemora decisão
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou nesta semana uma decisão que impacta diretamente o futuro dos gramados em estádios de futebol no país. Foi deliberada a suspensão da instalação de novos gramados sintéticos em clubes brasileiros até o ano de 2026. Essa medida surge em resposta a um clamor crescente de jogadores, técnicos e algumas diretorias de clubes, que expressaram preocupações sobre os efeitos da tecnologia sintética no desempenho e na integridade física dos atletas. A decisão marca um ponto de virada em um debate que vinha ganhando força, especialmente após a participação de jogadores de renome como Neymar e Lucas Lima em manifestações de apoio à causa.
A postura do Flamengo foi particularmente vocal na articulação dessa mobilização. O clube carioca celebrou a decisão como o fim de um período de “atraso”, defendendo veementemente o retorno aos gramados naturais. Para o clube, a grama sintética representa um obstáculo ao estilo de jogo tradicional e pode estar associada a um maior risco de lesões, uma preocupação compartilhada por muitos jogadores. A equipe argumenta que a qualidade do gramado natural, quando bem mantida, é superior e mais segura para a prática do esporte em alto nível, permitindo um futebol mais técnico e fluido.
Por outro lado, a decisão gerou reações diversas. O Palmeiras, por exemplo, que conta com o gramado sintético em seu Allianz Parque, manifestou sua defesa pela tecnologia, criticando indiretamente o Flamengo e questionando se a alternativa ao sintético seria um “buraco”. Essa divergência de opiniões evidencia o embate entre diferentes visões sobre o que constitui a melhor infraestrutura para o futebol brasileiro. Enquanto alguns clubes veem a grama sintética como um avanço em termos de durabilidade e consistência, independentemente das condições climáticas, outros a consideram um elemento que descaracteriza o futebol jogado em solo nacional.
As opiniões sobre o gramado sintético no futebol brasileiro são polarizadas e o debate se estende para além das quatro linhas. Alguns defendem que a tecnologia pode oferecer uma superfície mais uniforme e menos suscetível a intempéries, reduzindo a necessidade de interrupções e melhorando a experiência do espectador. No entanto, os argumentos sobre a saúde dos jogadores, a adaptação ao estilo de jogo e a manutenção da identidade brasileira do futebol parecem ter prevalecido neste momento, com a CBF optando por uma pausa para reavaliar os impactos a longo prazo e talvez buscar consensos que satisfaçam as diferentes partes envolvidas, preservando a integridade dos atletas e a tradição do esporte.