A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) confirmou nesta quinta-feira (5) que não tornará públicos os áudios do árbitro de vídeo (VAR) relacionados a um lance de pênalti não assinalado durante o clássico entre São Paulo e Palmeiras, realizado recentemente. A decisão da entidade, que alega seguir protocolos estabelecidos, intensifica o debate sobre a transparência na arbitragem do futebol brasileiro e reacende críticas sobre a atuação do árbitro Ramon Abatti Abel na partida em questão. A ausência da divulgação dos áudios intensifica as reclamações, especialmente por parte da diretoria do São Paulo, que defendia a quebra de protocolo para esclarecer o lance, considerado crucial para o resultado do jogo. O clube argumenta que o pênalti não marcado não foi um erro trivial, mas sim uma decisão que impactou diretamente o placar, alimentando o clamor por maior transparência nos processos decisórios da arbitragem. Paralelamente a esta decisão, surgem informações dando conta de que o árbitro Ramon Abatti Abel, mesmo após as críticas e o afastamento temporário por algumas rodagens, é considerado um dos favoritos para representar a arbitragem brasileira na próxima Copa do Mundo. Essa informação, divulgada pelo portal Estadão, adiciona uma camada de complexidade ao caso, levantando questionamentos sobre como as avaliações de desempenho e os incidentes em campo se alinham com as indicações para competições internacionais. A situação é amplamente discutida nos meios esportivos, com programas como o Posse de Bola, do UOL, dedicando espaço para debater os lances polêmicos e a gestão das arbitragens. A ESPN Brasil, por exemplo, detalhou os quatro lances nos quais o Palmeiras alega ter sido prejudicado pela atuação de Abel, evidenciando a intensidade das contestações e a complexidade da análise do jogo. A falta de acesso aos áudios de VAR, em um contexto de tamanha polarização e alegações de erros significativos, contribui para aprofundar a desconfiança e o debate sobre a credibilidade das decisões em campo.