CBF E ARBITRAGEM EM FOCO: DIRETORIA DA CBF INTERVÉM E CASOS DE VAR JOLÊM NA SÉRIE A
A recente decisão da diretoria da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de afastar o árbitro Abatti Abel, apelidada de “geladeira”, sinaliza um descontentamento profundo com a qualidade e as decisões da arbitragem em competições nacionais. Essa medida ocorre em um momento crucial da temporada, com campeonatos importantes como o Brasileirão definindo seus rumos, e levanta questionamentos sobre os critérios e a pressão exercida sobre os profissionais responsáveis por conduzir as partidas. A CBF, busca com isso, dar um sinal de que há vigilância e que erros recorrentes ou falhas graves não serão tolerados, no intuito de restaurar a confiança no processo de apuração. O cenário é agravado por outros episódios recentes, onde a tecnologia de vídeo, o VAR, tem se tornado objeto de debates acalorados. A capacidade do VAR de solucionar ou de criar novas controvérsias é um tema pertinente, que impacta diretamente a credibilidade dos resultados esportivos e a experiência dos torcedores. A reunião entre a diretoria do São Paulo e a CBF, focada na análise de áudios de um lance polêmico em um clássico, reforça a necessidade de transparência e diálogo. A divulgação ou o acesso a essas conversas do VAR é um desejo recorrente de muitos clubes e especialistas, visando entender as nuances das decisões e a aplicação das regras. Essa iniciativa do Tricolor Paulista, busca não apenas esclarecer o lance em questão, mas também pressionar por uma maior clareza nos protocolos e na comunicação do sistema de vídeo, que é fundamental para a justiça desportiva e para a diminuição das contestações pós-jogo. Outros clubes brasileiros também enfrentam situações que geram controvérsia. O Palmeiras, por exemplo, se destaca como o time da Série A com o maior número de viradas na temporada. Esse feito, embora positivo para a torcida alviverde, pode indiretamente refletir um cenário de partidas mais equilibradas e, consequentemente, mais sujeitas a decisões arbitrais controversas em momentos cruciais. A capacidade de reverter placares demonstra resiliência, mas o contexto em que essas viradas ocorrem, muitas vezes influenciado por lances duvidosos, merece atenção para uma análise completa do desempenho e da justiça competitiva. Análises de lances específicos, como a interpretação de um escorregão acidental de Allan em cima de Tapia e a análise sobre se Andreas Pereira teria tocado na bola antes de uma entrada, evidenciam a subjetividade que ainda permeia as decisões do VAR. Mesmo com a tecnologia, a interpretação humana é um fator determinante. Essa delicadeza na análise de cada movimento e contato levanta o debate sobre a padronização dos critérios e a necessidade de um constante aprimoramento dos árbitros, tanto os de campo quanto os que operam o VAR. A opinião de figuras como Tiago Leifert, que isenta a arbitragem e aponta outros responsáveis pela derrota do São Paulo, mostra que a discussão vai além do campo e atinge a esfera da análise tática e comportamental das equipes. O futebol brasileiro vive, portanto, um momento de intensos debates sobre a arbitragem e o uso do VAR. Enquanto a CBF busca impor ordem e corrigir rumos, os clubes clamam por mais transparência e justiça. A relação entre as partes é complexa, e a busca pela excelência nas decisões em campo é um desafio constante, que exige a colaboração de todos os envolvidos para o fortalecimento do esporte.