A deputada Carla Zambelli prestou depoimento nesta quarta-feira na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, em um processo que pode resultar na sua cassação. Durante sua fala, Zambelli direcionou críticas e acusações ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A oitiva, que ocorre pela terceira vez no âmbito de processos envolvendo a parlamentar, tem sido acompanhada de perto por jornalistas e analistas políticos, dada a gravidade das acusações e a relevância dos envolvidos. Zambelli, que já enfrentou outros questionamentos em instâncias judiciais e legislativas, busca com este depoimento apresentar sua defesa e justificar suas ações. A expectativa é que a CCJ conclua a análise do caso em aproximadamente um mês, podendo definir o futuro político da deputada. Carla Zambelli é uma figura proeminente no cenário político brasileiro, conhecida por suas posições firmes e sua atuação em temas como segurança pública e liberdade de expressão. Seu depoimento na CCJ, no entanto, atrai atenção não apenas por sua própria situação, mas também pelas implicações que as acusações contra Alexandre de Moraes podem ter para o judiciário e a polarização política no país. A relação entre o Poder Legislativo e o Judiciário tem sido pauta de debates constantes, e este caso se insere nesse contexto de tensão e escrutínio mútuos. A Associação de Juristas já solicitou ao STF a suspensão das oitivas de Zambelli, argumentando sobre a imparcialidade e a condução dos processos. A decisão sobre o prosseguimento e a eventual cassação da deputada poderá gerar repercussões significativas no equilíbrio de poderes e na estabilidade política brasileira em um momento já complexo para a democracia. Ademais, a chamada PEC da Blindagem, que tramita no Congresso e visa alterar prerrogativas de autoridades, como imunidade parlamentar, pode impactar a análise do seu caso na CCJ, adicionando mais uma camada de complexidade à situação.