O câncer de pulmão, historicamente associado ao tabagismo, tem apresentado um aumento preocupante em indivíduos que jamais inalaram fumaça de cigarro. Estatísticas indicam que cerca de 15% de todos os casos diagnosticados ocorrem em não fumantes, o que levanta importantes questões sobre outros fatores de risco e a necessidade de expandir a conscientização para além do cigarro. Essa parcela da população afetada demanda um olhar atento para as causas subjacentes, que podem incluir predisposição genética, exposição a poluentes ambientais, radônio e até mesmo certos tipos de infecções. A pesquisa e compreensão desses elementos são cruciais para o desenvolvimento de estratégias preventivas mais eficazes e personalizadas, fugindo do paradigma exclusivo do tabagismo. A campanha Agosto Branco, voltada para a conscientização sobre o câncer de pulmão, ganha ainda mais relevância ao abordar essa dualidade de fatores de risco. Ao ampliar o foco e educar tanto fumantes quanto não fumantes sobre os diversos gatilhos da doença, é possível incentivar a adoção de hábitos mais saudáveis e a busca por exames preventivos. Nesse contexto, a informação acessível e a participação ativa da sociedade na promoção da saúde respiratória tornam-se pilares fundamentais. Diversos hospitais e instituições de saúde, como o Hospital Anchieta, reforçam suas ações durante o Agosto Branco, promovendo a conscientização e oferecendo suporte a pacientes e familiares. A iniciativa desses centros é vital para disseminar informações sobre a importância do rastreamento e do diagnóstico precoce, que muitas vezes é a chave para o sucesso do tratamento e a sobrevida do paciente. A conscientização sobre os sinais e sintomas, como tosse persistente, dor no peito, falta de ar e perda de peso inexplicada, deve ser intensificada, incentivando a busca por avaliação médica ao primeiro sinal de alerta, independentemente do histórico de tabagismo do indivícil. A medicina moderna tem avançado significativamente na identificação de biomarcadores e no desenvolvimento de terapias direcionadas, mas a prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as ferramentas mais poderosas no combate ao câncer de pulmão. Exames como a tomografia computadorizada de baixa dose, recomendada para fumantes e ex-fumantes com histórico significativo, também podem ser considerados em populações de risco entre não fumantes, mediante avaliação médica criteriosa. Assim, o Agosto Branco se consolida como um momento crucial para reforçar a mensagem de que a saúde pulmonar é responsabilidade de todos, e que a informação qualificada é o primeiro passo para a proteção individual e coletiva contra essa doença complexa e multifacetada. A disseminação desse conhecimento é um compromisso da Agência Brasil, UOL, O Globo e ISTOÉ Independente, entre outros veículos de comunicação que se unem neste esforço.