O câncer colorretal, que recentemente ganhou destaque com o caso da cantora Preta Gil, representa uma crescente preocupação de saúde pública global. Estudos indicam um aumento alarmante de 36% nas mortes por esta doença até 2040, um cenário que exige atenção imediata de indivíduos e sistemas de saúde. Este tipo de câncer, que afeta o cólon e o reto, está fortemente associado a fatores de estilo de vida, tornando a prevenção e o diagnóstico precoce pilares fundamentais no combate à sua disseminação e letalidade. A compreensão dos fatores de risco é o primeiro passo para a adoção de medidas preventivas eficazes. Uma dieta pobre em fibras e rica em carnes vermelhas e processadas, o sedentarismo, o tabagismo e o consumo excessivo de álcool são reconhecidos como importantes contribuintes para o desenvolvimento do câncer colorretal. Além disso, a obesidade e a presença de doenças inflamatórias intestinais, como a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa, aumentam significativamente a suscetibilidade. Apesar dos fatores de risco comportamentais, é crucial notar que o câncer colorretal também tem se mostrado mais prevalente em populações mais jovens. Este fenômeno exige uma reavaliação das diretrizes de rastreamento, que tradicionalmente se concentravam em indivíduos acima dos 50 anos. A identificação precoce de sintomas, mesmo em pessoas sem histórico familiar conhecido, é essencial, pois permite intervenções mais eficazes e melhora substancialmente as taxas de sobrevivência. As estratégias de prevenção primária e secundária são multifacetadas. A adoção de um estilo de vida saudável, com uma dieta equilibrada, rica em frutas, vegetais e grãos integrais, a prática regular de atividade física e a moderação no consumo de álcool e, idealmente, a cessação do tabagismo, podem reduzir significativamente o risco. No âmbito da prevenção secundária, exames de rastreamento como a colonoscopia são ferramentas indispensáveis para detectar pólipos pré-cancerosos ou o câncer em seus estágios iniciais, quando o tratamento é mais eficaz e menos invasivo. A conscientização sobre a importância do rastreamento, especialmente para pessoas com histórico familiar ou fatores de risco adicionais, é vital. Campanhas informativas e o acesso facilitado a exames preventivos podem reverter a tendência de aumento das mortes por câncer colorretal, salvando vidas e promovendo uma população mais saudável e informada sobre sua própria saúde.