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Cancelamento de Milly Lacombe em Feira Literária de São José dos Campos Gera Polêmica

A recente decisão do prefeito de São José dos Campos de vetar a participação da jornalista Milly Lacombe em uma feira literária local desencadeou uma onda de protestos e cancelamentos. A justificativa apresentada para a exclusão de Lacombe estaria relacionada a declarações consideradas polêmicas sobre o núcleo familiar, o que gerou forte reação de defensores da liberdade de expressão e críticos à chamada “pressão da direita”. Este incidente levanta debates importantes sobre os limites da censura em eventos culturais e o papel do poder público na promoção ou restrição do discurso. A Fórum Online, por exemplo, destacou que “Não poder participar de uma feira literária é uma derrota para todos que lutam por um mundo da livre expressão, diz Milly Lacombe”, sublinhando o impacto negativo para o cenário da livre circulação de ideias. A polêmica se intensificou com o G1 noticiando que o veto foi resultado de pressão de setores conservadores, um fato que ecoa em outras esferas políticas e sociais. A Folha de S.Paulo reportou que o veto a Lacombe gerou “onda de cancelamentos em feira literária de SP”, indicando que outros artistas e convidados decidiram não participar do evento em solidariedade ou discordância com a decisão da prefeitura. Essa estratégia de boicote, embora controversa, é vista por alguns como uma forma de manifestação contra o que percebem como um retrocesso na liberdade artística e de pensamento. A VEJA também cobriu o caso, enfatizando a repercussão negativa que o veto causou no meio cultural. O veto da prefeitura de São José dos Campos à jornalista Milly Lacombe é um sintoma preocupante de um ambiente onde o discurso é cada vez mais polarizado e sujeito a pressões ideológicas. Instituições culturais, como feiras literárias, tradicionalmente se colocam como espaços de diversidade de pensamento e debate aberto. Quando um agente público interfere na curadoria de um evento sob o pretexto de proteger determinados valores morais ou ideológicos, abre-se um precedente perigoso para a censura e a restrição da pluralidade. A reação dos demais participantes, que culminou em cancelamentos, demonstra a força da sociedade civil em defender os princípios da liberdade de expressão e em repudiar práticas que visam silenciar vozes discordantes. A Gazeta do Povo, ao mencionar que o veto ocorreu após fala sobre família, aponta para a sensibilidade do tema e a forma como declarações sobre assuntos sociais podem ser instrumentalizadas politicamente. Em tempos de intensa disputa narrativa, discursos considerados fora da norma ou que desafiam visões hegemônicas podem se tornar alvos de ataques e retaliações, especialmente quando a esfera pública envolve a gestão de recursos ou a organização de eventos com financiamento público. É fundamental que as autoridades públicas atuem como facilitadoras do debate e promotoras da cultura, em vez de agentes de censura, garantindo que todos os cidadãos, independentemente de suas opiniões, possam ter seus espaços de manifestação garantidos.