Estudo indica que café pode reduzir risco de arritmia cardíaca
Uma série de estudos recentes tem apontado para os potenciais benefícios do consumo de café na saúde cardiovascular, contrariando antigas crenças de que a bebida poderia desencadear ou agravar condições como a arritmia cardíaca. As pesquisas indicam que a cafeína, em doses adequadas, pode ter um efeito protetor contra batimentos cardíacos irregulares, como a fibrilação atrial (FA). A fibrilação atrial é uma das arritmias cardíacas mais comuns, caracterizada por contrações rápidas e irregulares das câmaras superiores do coração. Ela aumenta o risco de AVC, insuficiência cardíaca e outras complicações relacionadas, impactando significativamente a qualidade de vida dos pacientes. Tradicionalmente, o aconselhamento médico muitas vezes incluía a recomendação de suspender o consumo de café para pacientes com arritmia, devido à crença de que a cafeína seria um gatilho. No entanto, evidências emergentes sugerem que essa correlação pode não ser tão direta ou universal quanto se pensava. Novos estudos, apresentados em conferências médicas de renome e publicados em periódicos científicos, analisaram grandes coortes de participantes, avaliando o consumo de café e a incidência de arritmias. Os resultados sugerem que o consumo regular e moderado de até 3 a 4 xícaras de café por dia está associado a um menor risco de desenvolver FA. Essa observação aponta para um possível efeito cardioprotetor da bebida, possivelmente relacionado aos antioxidantes e outros compostos bioativos presentes no café, que podem combater o estresse oxidativo e a inflamação, fatores associados ao desenvolvimento de doenças cardíacas. A comunidade científica ressalta, contudo, a importância do consumo moderado. O excesso de cafeína pode, de fato, levar a efeitos negativos, como ansiedade, insônia e palpitações em indivíduos sensíveis. Portanto, a recomendação geral é desfrutar do café com moderação, sempre respeitando os limites individuais e, em caso de condições cardíacas preexistentes, consultar um médico cardiologista para orientações personalizadas sobre o consumo da bebida e outras medidas preventivas e terapêuticas.