O mais recente levantamento sobre o preço do iPhone 15 em diferentes países coloca o Brasil em uma posição de destaque indesejada: a segunda mais cara do mundo. Apenas a Turquia apresenta um valor superior para o aparelho. Essa constatação, recorrente em análises de custo de tecnologia, aponta para uma complexa teia de fatores que encarecem a eletrônica importada no território nacional, indo além de simples margens de lucro das empresas. A inflação, as taxas de câmbio flutuantes e, principalmente, a elevada carga tributária brasileira, que incide sobre produtos de importação e de tecnologia, são os principais responsáveis por essa disparidade global. A lista, elaborada pela Forbes Brasil, serve como mais um alerta sobre a dificuldade de acesso a bens de consumo considerados pela maioria como essenciais na era digital, mas que para muitos brasileiros representam um investimento financeiro substancial. O impacto dessa realidade estende-se para além do consumidor individual, afetando empresas que dependem de tecnologia para suas operações e que frequentemente buscam soluções para mitigar esses custos adicionais em suas cadeias produtivas. Essa pesquisa reforça a necessidade de um debate aprofundado sobre a política tributária aplicada a eletrônicos e a importância de incentivos para a produção local ou a redução de impostos que possibilitem maior competitividade e acessibilidade.