O Ministério da Saúde confirmou a ocorrência de 34 casos de sarampo em diferentes estados brasileiros, acionando um alerta sanitário em todo o país. Essa doença viral, conhecida por sua alta transmissibilidade e potencial de causar complicações graves, especialmente em crianças pequenas e adultos não vacinados, retorna com força em um cenário onde a cobertura vacinal em algumas faixas etárias tem apresentado queda. A rápida disseminação do sarampo exige uma resposta coordenada entre as esferas federal, estadual e municipal, com foco na identificação e isolamento de casos, além de estratégias intensivas de vacinação em áreas de risco.

O sarampo é transmitido pelo ar, através de gotículas liberadas pela tosse ou espirro de uma pessoa infectada. Os sintomas iniciais incluem febre alta, tosse, coriza e conjuntivite, seguidos pelo aparecimento de erupções cutâneas características que se espalham pelo corpo. Embora seja uma doença que geralmente se cura espontaneamente, o sarampo pode levar a complicações sérias como pneumonia, encefalite (inflamação do cérebro) e até mesmo a morte. A vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) é a forma mais eficaz de prevenção, e o Ministério da Saúde reforça a importância de manter a caderneta de vacinação atualizada.

O país tem enfrentado desafios para manter altas taxas de cobertura vacinal, um reflexo de diversos fatores que incluem a desinformação sobre a segurança e eficácia das vacinas, a dificuldade de acesso a postos de saúde em algumas localidades, e a própria pandemia de Covid-19, que impactou o calendário de imunização. A volta do sarampo é um indicativo claro de que a imunidade de rebanho, essencial para proteger os mais vulneráveis, está comprometida. Por isso, as autoridades de saúde enfatizam a necessidade de um esforço coletivo para reverter esse quadro e garantir a proteção da população.

A mobilização para conter o surto envolve não apenas a intensificação da vacinação de rotina, mas também a realização de campanhas em massa e a busca ativa por indivíduos não vacinados ou com doses atrasadas. A colaboração da população ao procurar os postos de saúde e seguir as orientações das autoridades é fundamental. A erradicação do sarampo no Brasil, declarada em 2016, mostra que é possível controlar a doença, mas isso demanda vigilância constante e compromisso com a imunização como política pública de saúde essencial.