Israel realizou bombardeios na capital do Iêmen, Sanaa, nesta segunda-feira, em uma série de ataques que, segundo relatos de autoridades locais e do grupo rebelde Houthi, resultaram na morte de pelo menos 35 pessoas e deixaram outras 131 feridas. As informações divergem em relação ao número exato de mortos, com a televisão Houthi reportando nove mortos inicialmente, enquanto outras fontes citam 35. Este evento ocorre um dia após Israel ter realizado ataques no Catar, levantando preocupações sobre uma escalada de tensões na região. As motivações exatas por trás desses bombardeios ainda não foram totalmente esclarecidas pelas autoridades israelenses, mas acredita-se que estejam relacionadas às crescentes hostilidades no Mar Vermelho, onde os rebeldes Houthi têm atacado navios comerciais. A comunidade internacional tem expressado grande preocupação com a situação humanitária no Iêmen, um país que já sofre com um conflito prolongado. Os ataques aéreos em áreas densamente povoadas como a capital aumentam o risco para a população civil e podem agravar ainda mais a crise humanitária em curso. As Nações Unidas e outras organizações de ajuda humanitária alertam para a necessidade urgente de cessar-fogo e acesso irrestrito para prestação de socorro às vítimas. A escalada da violência no Iêmen tem implicações que vão além das fronteiras do país, afetando o comércio marítimo global, especialmente nas rotas do Mar Vermelho, que são vitais para o transporte de mercadorias entre a Ásia e a Europa. Os ataques dos Houthi a navios levaram a um aumento dos custos de seguro e a desvios de rotas, impactando a economia global. A resposta de Israel, se confirmada como retaliação direta, pode intensificar ainda mais essa dinâmica de conflito e instabilidade regional. A situação no Iêmen é complexa, envolvendo múltiplos atores regionais e internacionais. O país está mergulhado em uma guerra civil há anos, com os rebeldes Houthi controlando grande parte do norte, incluindo a capital Sanaa. A intervenção militar liderada pela Arábia Saudita, com apoio de outros países, tem tido dificuldades em resolver o conflito. Os recentes eventos adicionam uma nova camada de complexidade, com alegações de envolvimento direto de Israel, o que pode ter repercussões significativas para o equilíbrio de poder na região do Oriente Médio e para a segurança marítima internacional.