A declaração do ex-presidente Donald Trump em defesa de Jair Bolsonaro e sua família repercutiu intensamente na imprensa internacional, que a classificou como um choque diplomático com o atual governo brasileiro, sob a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva. A nota de Trump foi recebida com alegria por Bolsonaro, que agradeceu publicamente a manifestação favorável. Essa demonstração de apoio por parte de um líder estrangeiro de relevo como Trump adiciona uma camada de complexidade ao cenário político brasileiro, que já se encontra polarizado. A mídia estrangeira destacou o contraste entre a postura de Trump e a que seria esperada em relação ao atual presidente brasileiro, reforçando a percepção de uma divisão ideológica no âmbito global. O apoio de Trump a Bolsonaro reacende o debate sobre a influência de figuras políticas internacionais nos assuntos internos de outros países e sobre como essas manifestações podem ser interpretadas e utilizadas politicamente. Essa interação se insere em um contexto de maior visibilidade para ambos os líderes em plataformas digitais e na grande mídia, onde buscam mobilizar suas bases de apoio e influenciar a opinião pública. A repercussão no Brasil não se limitou ao campo político, com parlamentares reagindo às falas de Lula sobre Trump. Alguns críticos consideraram a abordagem do atual presidente como um “vexame diplomático e militância ideológica”, demonstrando a profundidade das divisões internas. A necessidade de uma nota oficial por parte do governo brasileiro contra as declarações de Trump também foi levantada por especialistas em relações exteriores, indicando uma preocupação com as implicações para a imagem e a soberania do país. A estratégia de Trump de “chamar para si o assunto Bolsonaro, família e apoiadores” sugere uma tentativa de manter a relevância e influenciar o discurso político no Brasil, conectando-se com uma base de eleitores que compartilha de suas ideologias. Essa dinâmica expõe a maneira como figuras políticas se utilizam de plataformas de comunicação para fortalecer narrativas e solidificar alianças, mesmo após o fim de mandatos. A forma como o governo brasileiro responderá a essas declarações e como a sociedade civil irá processar essa interação internacional definirá os próximos capítulos desse embate político e diplomático.