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Bolsonaristas Ocupam Plenários da Câmara e Senado por Anistia e Impeachment de Moraes

Manifestantes alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro iniciaram uma ocupação simbólica dos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado Federal na noite de segunda-feira. O ato político, que se estendeu pela madrugada de terça, tem como principais pautas a anistia para o ex-mandatário e o pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A mobilização visa pressionar o Congresso Nacional a acolher as demandas, em um cenário de forte polarização política e judicial no país. A ação gerou reações imediatas por parte das cúpulas legislativas. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o presidente da Câmara, Arthur Lira, teriam expressado irritação com a ocupação e buscam uma solução negociada para o impasse, cobrando das forças de segurança uma intervenção para desocupar os espaços. O senador Magno Malta, um dos líderes do movimento, acorrentou-se simbolicamente ao púlpito do plenário do Senado, demonstrando a determinação dos manifestantes em manter a pressão sobre o governo e o judiciário. Essa tática de ocupação de espaços públicos, especialmente os legislativos, tem sido utilizada por diversos grupos políticos como forma de dar visibilidade às suas reivindicações e forçar o diálogo com as autoridades. A presença dos manifestantes nos plenários, para além do ato em si, levanta discussões sobre os limites do protesto e o respeito às instituições democráticas. A relação entre o Poder Legislativo e o Judiciário tem sido marcada por tensões recentes, especialmente no que diz respeito a investigações conduzidas pelo STF que atingem figuras próximas ao ex-governo. O pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes, intensificado por aliados de Bolsonaro, reflete essa fricção, com argumentações que apontam para suposto ativismo judicial e excesso de poder por parte do ministro. A ocupação visa capitalizar essa insatisfação e empurrar o debate para o centro do Congresso, buscando criar um ambiente favorável à destituição do ministro ou à aprovação de uma lei de anistia. A situação gerou um impasse com a oposição, que tem se posicionado de forma crítica à ação dos bolsonaristas e ao pedido de impeachment de Moraes. Deputados e senadores contrários ao movimento enfatizam a importância da independência dos poderes e a necessidade de manter a estabilidade institucional. O líder da oposição, Hugo, afirmou que estão dispostos a dialogar, mas que a ocupação não é o caminho, indicando a complexidade da negociação política para resolução do conflito em curso no Congresso Nacional. A resposta das autoridades e a evolução do quadro político determinarão os desdobramentos desta manifestação.