A semana se inicia com o mercado financeista voltado para indicadores econômicos cruciais que tendem a ditar o rumo dos ativos. No cenário doméstico, a expectativa gira em torno da divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal termômetro da inflação no Brasil. Seus resultados podem influenciar diretamente as decisões sobre a política monetária, incluindo possíveis ajustes na taxa básica de juros (Selic), impactando o custo do crédito e o apetite por risco dos investidores. A análise dos componentes do IPCA oferecerá um panorama detalhado sobre a trajetória dos preços e a eficácia das medidas de controle inflacionário adotadas pelo governo e pelo Banco Central, determinando sua futura condução da política monetária e suas projeções econômicas. Em âmbito global, a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, é outro ponto de atenção. O documento pode revelar nuances sobre a postura futura da política monetária americana, especialmente no que diz respeito ao ciclo de aperto ou afrouxamento quantitativo. Essas informações são vitais para entender as projeções de juros nos EUA, influenciando o fluxo de capitais para economias emergentes como o Brasil e afetando o câmbio e as taxas de juros locais. Além desses dois eventos centrais, outros dados e declarações também merecem acompanhamento. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) fornecerá um indicativo do aquecimento do mercado de trabalho brasileiro. Manuais de autoridades econômicas como o Secretário de Política Econômica, Guilherme Galípolo, e o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, podem trazer luz sobre a estratégia fiscal do governo. Ademais, a possibilidade de um “shutdown” nos Estados Unidos, caso o Congresso não aprove o orçamento, adiciona uma camada de incerteza ao cenário internacional, com potenciais reflexos na economia global e, por consequência, nos mercados financeiros. Todos esses fatores combinados criam um ambiente de volatilidade a ser cuidadosamente navegado pelos investidores, exigindo atenção redobrada aos próximos comunicados e divulgações.