O grupo de rap Black Pantera chamou atenção no festival The Town, em São Paulo, ao fazer um contundente protesto contra as políticas do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e do ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro. Durante apresentação no último domingo, a banda exibiu faixas com os dizeres “Trump e Bolsonaro genocidas” em seu palco, além de entoar versos com forte teor crítico em relação aos seus governos e ideologias. A atitude dividiu opiniões nas redes sociais, com muitos elogiando a postura política do grupo, enquanto outros criticaram a manifestação em um evento de entretenimento. A banda, conhecida por suas letras que abordam questões sociais e raciais, já tem um histórico de posicionamentos políticos em suas apresentações e produções musicais, refletindo a urgência em dialogar com as realidades políticas e sociais do país e do mundo. O The Town, um dos maiores festivais de música da América Latina, tem sido palco de diversas manifestações artísticas e culturais que emanam reflexões sobre temas contemporâneos, e a performance do Black Pantera se insere nesse contexto de diálogo aberto e por vezes polêmico entre arte, ativismo e público. A polarização política recente tem intensificado a busca por espaços de expressão, e o palco de um festival de grande alcance como o The Town oferece uma visibilidade única para que artistas compartilhem suas visões sobre governos e suas políticas, com impactos que se estendem para além do evento em si, gerando debate e reflexão na sociedade. O protesto do Black Pantera no The Town evidencia como a música, especialmente o rap, continuam sendo poderosas ferramentas de ativismo social e político, permitindo que artistas se posicionem diante de questões coletivas e influenciem o discurso público.