Joe Biden confirmou que uma caneta automática, conhecida como autopen, foi utilizada para assinar diversos documentos durante sua gestão. Esta tecnologia permite a reprodução mecânica de assinaturas, e a admissão veio à tona após questionamentos levantados por Donald Trump, que sugeriu irregularidades no processo. A utilização de autopens não é inédita na presidência dos EUA, sendo frequentemente empregada em atos protocolares e em situações onde o volume de documentos a serem assinados é elevado, otimizando o tempo do presidente e garantindo a autenticidade em grande escala. A admissão de Biden visa esclarecer o procedimento e rebater as críticas. A controvérsia, no entanto, levanta debates sobre a formalidade e a pessoalidade da assinatura presidencial em atos de grande relevância, como perdões e nomeações, e se a delegação dessa tarefa a um mecanismo automatizado descaracteriza o ato em si perante a opinião pública e os órgãos de controle. Esse tipo de tecnologia é cuidadosamente regulamentado e seu uso geralmente é feito com conhecimento público e sob estritos protocolos para assegurar a integridade dos documentos oficiais. A investigação em curso busca determinar se o uso da autopen neste contexto violou alguma norma ou lei, especialmente considerando que alguns dos documentos assinados envolviam decisões de grande impacto político e social. A defesa de Biden ressalta que ele esteve plenamente ciente e autorizou cada ato assinado através do dispositivo, defendendo que a tecnologia foi uma ferramenta para agilizar processos sem comprometer a legalidade ou a intenção por trás das decisões. A situação evidencia a complexidade administrativa da presidência e os escrutínios a que os atos presidenciais são submetidos, especialmente em um ambiente político polarizado. A imprensa tem acompanhado de perto os desdobramentos dessa discussão, que pode redefinir precedentes sobre o uso de tecnologia em atos de governo e gerar um debate mais amplo sobre governança e transparência no exercício do poder executivo. A equipe legal da Casa Branca trabalha para apresentar evidências que comprovem a legalidade e a conformidade do uso da autopen em todas as suas aplicações sob a administração Biden, visando encerrar a controvérsia e reafirmar a validade dos atos assinados.