A atriz Bella Campos, conhecida por seu papel em Vai na Fé, gerou repercussão ao resgatar uma fala de Glória Pires sobre a icônica personagem Maria de Fátima, de Vale Tudo. Pires, que deu vida à complexa figura na década de 1980, afirmou em entrevistas que não considerava sua personagem uma vilã pura, mas sim alguém moldada pelas circunstâncias e pela ambição de sobreviver em um mundo cruel. Essa perspectiva humaniza a Maria de Fátima, afastando-a de um arquétipo unidimensional de maldade e realçando suas motivações e conflitos internos que a levaram a tomar determinadas atitudes. A fala de Pires, aliás, antecipou discussões sobre a construção de personagens com nuances, quebrando um padrão de vilania puramente teatral para explorar a psicologia por trás de suas ações. Bella Campos, ao compartilhar a declaração, indica uma admiração pela forma como Glória Pires abordou a personagem, possivelmente refletindo sobre o próprio desenvolvimento de seus papéis na teledramaturgia brasileira. A habilidade de Glória Pires em conferir profundidade a Maria de Fátima permitiu que a personagem fosse inesquecível, gerando debates e análises que atravessaram gerações de telespectadores e críticos. Essa capacidade de ir além do maniqueísmo é uma marca de grandes intérpretes e de roteiros que buscam retratar a complexidade humana. A novela Vale Tudo, escrita por Gilberto Braga, é um marco na televisão brasileira, e a performance de Glória Pires é um de seus pilares, consolidando-a como uma das atrizes mais talentosas do país. A releitura da fala de Glória Pires por Bella Campos demonstra a contínua relevância de discussões sobre a construção de personagens e as diferentes camadas que podem ser exploradas em suas trajetórias na ficção.