Carregando agora

MP: Banco Central registra acessos indevidos de dados ligados a chaves Pix

O Banco Central do Brasil (BC) confirmou a ocorrência de acessos indevidos a dados cadastrais vinculados a chaves Pix. A investigação revelou que a exposição se deu por meio de vulnerabilidades no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que é responsável por gerenciar e disponibilizar informações sobre processos judiciais e dados associados. Este incidente, que afetou aproximadamente 11 milhões de brasileiros, levanta sérias preocupações sobre a segurança de informações sensíveis armazenadas em bancos de dados governamentais e a interconexão entre diferentes sistemas.

As informações que foram indevidamente acessadas compreendem os dados cadastrais básicos associados a cada chave Pix, como o nome completo do titular, o Cadastro de Pessoa Física (CPF) e a instituição financeira onde a conta está vinculada. É crucial ressaltar que, de acordo com o comunicado oficial do Banco Central, as senhas utilizadas para acessar as contas bancárias e as informações transacionais, como saldos e extratos, não foram diretamente expostas. A confidencialidade dessas informações financeiras mais sensíveis foi mantida, o que pode ter mitigado o prejuízo para os usuários afetados.

O sistema do CNJ, que se tornou o vetor para o acesso indevido, é uma plataforma complexa utilizada para a gestão processual e o compartilhamento de informações entre órgãos do Judiciário. A falha específica que permitiu essa exposição ainda está sendo detalhadamente apurada pelas equipes técnicas do Banco Central e do próprio CNJ. A investigação busca identificar a origem exata da vulnerabilidade e as medidas de segurança que foram contornadas, a fim de evitar reincidências e aprimorar os protocolos de proteção de dados no futuro.

Diante da notícia, o Banco Central informou que já está tomando as providências necessárias para mitigar os efeitos do acesso indevido e fortalecer a segurança de seus sistemas. Recomenda-se que os usuários do Pix permaneçam atentos a comunicações suspeitas e evitem compartilhar informações pessoais por canais não oficiais. A transparência e a comunicação rápida por parte das autoridades são fundamentais para restaurar a confiança no sistema financeiro digital e garantir a proteção dos dados dos cidadãos em um cenário cada vez mais digitalizado e interconectado.