O Banco Central do Brasil (BC) está em alerta máximo após a ocorrência de múltiplos ataques hacker direcionados a instituições financeiras no país. Este é o segundo aviso emitido pela autoridade monetária em um intervalo de 48 horas, sinalizando uma escalada nas ameaças cibernéticas. Especialistas em segurança apontam que o sistema financeiro brasileiro se tornou um alvo preferencial para atividades criminosas, comparando a situação a um “novo cangaço”, onde a audácia e a frequência dos ataques causam grande apreensão. A recente emissão de novas medidas de segurança pelo próprio BC, visando fortalecer a proteção do Sistema Financeiro Nacional, paradoxalmente, parece ter coincidido com a intensificação dessas ações maliciosas. Essa cronologia levanta questionamentos sobre a eficácia das medidas ou a sofisticada capacidade de adaptação dos atacantes. O foco desses ataques tem recaído significativamente sobre o Pix, o sistema de pagamentos instantâneos que se popularizou rapidamente no Brasil. A desconfiança em relação à segurança do Pix reacende o debate sobre a robustez da infraestrutura tecnológica que suporta esse serviço, fundamental para a economia digital do país. A facilidade e a velocidade das transações, embora vantajosas, também podem ser exploradas por criminosos. A complexidade em rastrear e conter ataques cibernéticos, somada à disseminação de técnicas cada vez mais avançadas, exige uma resposta coordenada e proativa. O BC, ao emitir estes alertas, busca não apenas informar as instituições, mas também reforçar a importância das boas práticas de segurança e a necessidade de investimentos contínuos em tecnologia e inteligência para mitigar os riscos e proteger os dados e o patrimônio dos cidadãos brasileiros, garantindo a confiança no ecossistema financeiro nacional. A colaboração entre órgãos reguladores, instituições financeiras e a sociedade civil é crucial para construir um ambiente digital mais seguro e resiliente.