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Aumento nos commodities abre grande oportunidade para Agronegócio brasileiro

ago 17, 2021
Colheita de uma fazenda

O Brasil é hoje um dos maiores produtores mundiais de alimento. Além disso, somos ricos em minérios, petróleo e outras importantes matérias-primas. Assim com a valorização mundial dos commodities o agronegócio brasileiro tem uma grande oportunidade nas mãos.

Valorização dos commodities

commodities brasileiros

A chegada da pandemia afetou diretamente indústrias e produtores ao redor do mundo. Por isso todas as mercadorias sofreram uma supervalorização, um aumento significativo em quase todos os setores, principalmente no de alimentos.

Assim, os países que estão conseguindo produzir e exportar, estão recebendo muito mais do que em anos antes da pandemia.

Oportunidade perfeita para o Brasil

fazenda de plantação

O aumento nos commodities para um país que produz em solo farto é realmente uma grande oportunidade. Porém em uma terra de fartura, a fome aumentou à medida que a inflação – impulsionada principalmente pela alta dos preços dos produtos brasileiros nos mercados internacionais – empurra itens de uso diário fora de alcance.

Por isso para os cidadãos comuns e também para os investidores, a evolução da recuperação de recursos terá um impacto importante não apenas na economia agora, mas também em seu destino nos próximos anos. Esperançosamente, isso vai alimentar uma economia lenta mesmo antes da pandemia e ajudar a libertar o potencial há muito tempo prometido do país.

Agronegócio Brasileiro

colheita de soja

Os números e projeções são bem otimistas. Algumas das ações que mais sobem na bolsa de valores são de empresas brasileiras de agronegócio. E a tendência de mercado é que esse cenário não só se mantenha, mas esteja cada vez mais forte.

O AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil) prevê um novo recorde em 2021, uma projeção de um faturamento de US $ 105 bilhões, valor superior ao resultado do ano anterior de US $ 101 bilhões.

Além disso, a Mapa (Secretaria de Política Agrícola, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), juntamente com a Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e pelo Departamento de Estatística, da Universidade de Brasília (UnB). Realizaram um estudo que mostra um aumento na produção de grãos em 27% nos próximos dez anos.

O crescimento da produção de grãos até 2031 deve ser de 71 milhões de toneladas. Ainda de acordo com o estudo, o mercado interno, as exportações e os ganhos de produtividade devem ser os principais impulsionadores do crescimento na próxima década. O maior desenvolvimento de inovações deve continuar permeando as atividades na região, pois a atração por novas tecnologias é grande.

Em 2031, prevê-se que 33,7% da produção de soja seja destinada ao mercado interno; para o milho 71,6%; e, no caso do café, 43% da produção é consumida internamente. Foi avaliado que devido ao crescimento do mercado interno e das exportações do país, se exerce pressão no aumento da produção nacional.

Nesse mesmo estudo também foi constatado que a produção de carnes (bovina, suína e de aves) deverá aumentar 6,6 milhões de toneladas entre até 2031, o que corresponde a um aumento de 24,1%. Frangos e suínos devem ter os maiores crescimentos nos próximos anos: frango (27,7%) e carne suína (25,8%). A produção de carne bovina deve crescer 17% entre o ano-base (2021) e o final das projeções (2031).

No setor de carnes, haverá forte pressão do mercado internacional, principalmente bovinos e suínos, embora o Brasil continue liderando o mercado internacional de frango. Do aumento esperado na produção de carne de frango, 71,4% da produção até 2031 será destinada ao mercado interno; da carne produzida 64%; e 73,8% para a carne suína. Com isso, embora o Brasil seja um grande exportador desses produtos em geral, o consumo interno continuará sendo muito impactante.

Esses percentuais poderiam ser ainda maiores em função do aumento da demanda por proteína animal, alertou José Garcia, coordenador do Ministério da Avaliação e Política de Informação, e pesquisador das projeções.

arando a terra

A pesquisa ainda define que as regiões Centro-Oeste e Norte são as que deverão ter os maiores aumentos relativos de produção e área. Entre os estados do Norte, Tocantins e Rondônia deverão liderar a expansão da produção.

Já entre os grandes produtores, o Mato Grosso continuará liderando a expansão da produção de milho e soja. O aumento da produção de milho deve ser alcançado em particular através da expansão da colheita de milho. Mas a soja deve se expandir fortemente em estados do Norte como Tocantins, Rondônia e Pará. No Pará, a produção deve crescer 4,8% ao ano; em Rondônia 4,3%; e Tocantins, 3,2%. A atração da cultura e o desenvolvimento de novos meios de transporte com saída para os portos no Norte contribuem para isso.

A região do Matopiba – formada principalmente pelo cerrado nos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – deverá apresentar forte aumento na produção de grãos. A previsão é de que nos próximos dez anos sejam produzidos cerca de 36 milhões de toneladas de grãos em uma área de 9,3 milhões de hectares plantados com grãos ao final do período de projeção.

Somos um país rico e com uma gigantesca porta bem diante de nós. Por isso cabe a nós mesmo o dever de passar por ela e aproveitar essa oportunidade.

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