A decisão de conceder os Jogos Pan-Americanos de 2031 a Assunção, Paraguai, representa um marco para o país sul-americano e um revés para a candidatura conjunta do Rio de Janeiro e Niterói. A escolha, anunciada após votação, colocou a capital paraguaia em destaque no cenário esportivo internacional, sendo a primeira vez que o Paraguai terá a honra de sediar este importante evento multiesportivo, que abrange tanto os Jogos Pan-Americanos quanto os Parapan-Americanos, promovendo a inclusão e a acessibilidade no esporte. A candidatura de Assunção, embora talvez menos midiática que a brasileira, demonstrou uma capacidade de articulação política e uma visão estratégica que convenceram os membros do comitê. Este tipo de evento é crucial para o desenvolvimento de infraestrutura esportiva, turismo e projeção internacional de um país, e a conquista paraguaia certamente impulsionará essas áreas. A derrota do Rio-Niterói levanta questionamentos sobre a estratégia de candidatura e a apresentação da proposta. Em um cenário globalizado e competitivo, a capacidade de apresentar um projeto robusto, financeiramente viável e com garantias de execução é fundamental. A região metropolitana do Rio de Janeiro possui infraestrutura já existente de eventos esportivos, como a que sediou os Jogos Olímpicos de 2016, o que torna a perda ainda mais notável e pode gerar discussões internas sobre os critérios de avaliação e ênfase dada pelos votantes. A história dos Jogos Pan-Americanos é rica em exemplos de cidades que usaram o evento como catalisador para o desenvolvimento e a transformação urbana. A expectativa agora recai sobre Assunção, para que ela possa realizar uma edição memorável dos Jogos, à altura do desafio e das expectativas geradas. Para o Paraguai, esta é uma oportunidade ímpar de mostrar ao mundo sua hospitalidade, sua cultura e sua capacidade de organização, consolidando-se como um destino importante para grandes eventos esportivos e promovendo um legado duradouro para seus cidadãos e atletas.